Dia dos avós é celebrado com muito amor e carinho no NCI de Ermelino Matarazzo

Foto e texto: Bruna Carvalho

Dia 26 de julho é a data escolhida para celebrar o dia dos avós no Brasil. Na Casa da Terceira Idade Tereza Bugolim as atenções e homenagens foram totalmente dedicadas para essas pessoas tão especiais e com histórias tão bonitas.

Localizada no bairro de Ermelino Matarazzo, o serviço atende cerca de 200 beneficiários no Núcleo de Convivência de Idosos (NCI) por meio de convênio com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

Na manhã desta quarta-feira (26), os conviventes se reuniram para a celebração desta data. Cantorias e entrega de lembrancinhas alegraram a manhã da turma que teve a oportunidade de convidar os netos para comparecer e participar do momento.

Os sorrisos e abraços também marcaram presença na festa. “É dia dos avós e temos uns aos outros para comemorar. Acabamos convivendo mais entre nós do que com a própria família”, contou Josefa Soledade, que já completou 80 anos.

Para Dona Josefa, a convivência no NCI proporcionou um novo fôlego para a sua vida. “Aqui eu renasci. Regularizei meus documentos, aprendi a passar batom e a me sentir bem”, disse.

E essa não é a única história de superação que encontramos por aqui. Dionísio Gouveia, 78 anos, conta que quando chegou ao NCI estava depressivo e pensava até em suicídio. Hoje, Seu Dionísio está noivo. “Eu só deixo de frequentar esse serviço se me expulsarem daqui”, destaca.

Atividades de arte e cultura, pilates, acupuntura, fisioterapia, entre outras, são oferecidas diariamente aos idosos. “Praticamos exercícios que fazem bem para a mente e o corpo”, comentou Dionísio.

A psicóloga Rita Maria Lourenço, que trabalha no NCI desde a inauguração, explicou que o objetivo de todas as conversas e atividades que são promovidas é proporcionar um envelhecimento saudável para todos os beneficiários.

A Casa da Terceira Idade Tereza Bugolim já funciona há 20 anos e contou com a participação da própria comunidade para a sua construção. Maria Aparecida de Carvalho, com 91 anos, conta que desde o início do serviço participou colaborando na cozinha para atender aos conviventes, o que não mudou até hoje que é convivente no NCI. “Aqui eu me sinto muito bem”, completou.

O convênio com a prefeitura foi formalizado em 2008, o que ampliou as atividades desenvolvidas. A assistente social Francisca Dantas comentou sobre a importância de receber pessoas que já têm suas histórias construídas e incentivá-las a reconstruir e reinventar suas próprias vidas.

Francisca disse ainda a importância do apoio e incentivo que os conviventes encontram uns nos outros. “Somos uma comunidade dentro da própria comunidade”, concluiu.