Foto: Wagner Origenes/SMADS
Texto: Marcos Gabriel

O apoio e visibilidade que todo cidadão LGBT em vulnerabilidade social precisa é oferecido pelo Centro de Referência e Defesa da Diversidade (CRD), que acolhe gays, lésbicas, transexuais e toda esta comunidade.

‘’O Centro de Referência e Defesa da Diversidade surgiu em 2008 quando a União Europeia e o Grupo Pela Vidda viram a necessidade de criar um local para ter políticas públicas totalmente voltadas ao público LGBT’’, conta Leila Stungeis, técnica especializada no CRD. Rapidamente, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social entrou como cofinanciador da organização.

O objetivo da instituição é dar todo suporte necessário para que os conviventes se sintam acolhidos e importantes. ‘’Aqui é de livre demanda. A pessoa chega, nós realizamos o cadastro, e por fim, uma técnica de referência realiza uma análise para podermos conhecer a pessoa, se ela precisa de equipamentos de saúde ou se tem casa fixa’’, finaliza Leila.

No ambiente colorido, descontraído e alto astral, são realizados diversos cursos divididos em três categorias: a primeira, conhecida pelos cursos de capacitação, englobam oficinas de cabeleireiro, maquiagem, Drag Queen, barbearia e customização. A segunda, são as oficinas de ensino, com aulas de inglês, português, espanhol e informática. Na terceira categoria, o foco é o bem-estar dos conviventes com aulas de yoga e dança.

Além dos cursos, acontece uma vez por semana o Cine Clube,  onde filmes com a temática LGBT são apresentados aos conviventes, sempre acompanhado de debates aprofundados. Saraus temáticos são realizados quatro vezes por ano, geralmente próximos às datas comemorativas.

Oficina ''Alfinetes Zuadores''

Mackaylla Maria, 27 anos, é fundadora e professora da oficina de customização ‘’Alfinetes Zuadores’’, criado em 2016 no CRD. Com muita determinação e força de vontade, Mackaylla administrará sua oficina toda quinta-feira durante o mês de junho, das 15h às 18h.

‘’O objetivo da oficina é levar motivação para as pessoas se montarem de drag, o problema é que nem todos têm dinheiro para fazer um bom figurino e uma maquiagem completa. Assim, montei um curso dando dicas de como produzir-se com produtos recicláveis’’, conta a professora.

Os figurinos e acessórios são montados a mão e com produtos fáceis de manusear. A latinha de alumínio é o material mais utilizado na oficina. Depois de tudo pronto, os alunos farão ensaios fotográficos no Estúdio Canzua Cultural junto de seus próprios materiais produzidos.

Daniel Mendes, 25 anos, faz parte do curso ‘’Alfinetes Zuadores’’, e conta sobre sua trajetória no CRD: ‘’Cheguei aqui em 2015. Passei por alguns problemas, mas aqui fui atendido e passei a trabalhar. Já fiz o curso de cabeleireiro e hoje participo de um grupo de ballet contemporâneo.”

Serviço

O Centro de Referência e Defesa da Diversidade fica na Rua Major Sertório, 292, no bairro República. Vale a pena conferir as atividades, oficinas e programações!