Fotos: Wagner Origenes

Por Fernando Bassoli Bonadirman

Oferecer um espaço onde os idosos que necessitam de cuidados especiais possam passar o dia enquanto seus filhos trabalham. É com esse intuito que a Prefeitura de São Paulo, por meio da SMADS, segue qualificando a rede de Proteção Social Especial com a implementação de Centros Dia para Idosos. Atualmente a rede socioassistencial conta com 10 serviços como esse.

Para conhecer o trabalho feito em Guaianases, em parceria com o Projeto Cultural Educacional Novo Pantanal (PROCEDU), a secretária Luciana Temer esteve na manhã da última quinta-feira (3) nas dependências do serviço, na rua Saturnino Pereira, 387. A visita também contou com a participação do presidente do PROCEDU, Padre Elton Linhares, da coordenadora de Proteção Social Especial, Isabel Bueno, e das supervisoras de Assistência Social, Vania Maria Ferreira de Freitas (Guaianases) e Maria Aparecida Ribeiro Pavão (São Miguel Paulista).

No local, 30 idosos recebem cuidados especiais por meio de uma equipe multiprofissional composta por cuidadores, nutricionista, psicólogo, assistente social, enfermeira, entre outros.

Segundo a secretária, participar desse processo de construção em parceria com organizações parceiras como o PROCEDU é extremamente gratificante. “Agradeço ao prefeito Fernando Haddad que me convidou há quatro anos para assumir esse desafio que é a Assistência Social de São Paulo e por me dar a oportunidade de fazer coisas incríveis como esses centros que não existiam. Vamos encerrar a gestão com 16 serviços implementados”, disse.

No Centro Dia, os idosos recebem alimentação e participam de oficinas como musicoterapia, artes plásticas, dança sênior, além de participarem de passeios e palestras.

Segundo a gerente do serviço, Aline Cabral da Silva, no inicio muitos não acreditavam que o local era gratuito.”Hoje contamos com 27 conviventes, mas quando começamos foi necessária uma busca ativa na região com os técnicos do CREAS. Assim, conseguimos identificar os casos que tinham o perfil e encaminhar para cá após a análise social e de saúde”, finalizou.
 

O que as conviventes acham do serviço:

(Olga dos Santos, 81 anos)

"Quando os técnicos do CREAS foram até a minha casa falar sobre o Centro Dia eu aceitei na hora. Me encontrei aqui! Muitos discriminam e menosprezam os idosos, mas não sabem da nossa capacidade. O Centro Dia está aqui para mostrar para nós e para quem pensa dessa forma que somos capazes.

Aqui nós dançamos, cantamos, pintamos, passeamos, fazemos ginástica e artesanato. Quanto estou em casa tudo que eu quero é que o tempo passe rápido para que possa retornar ao serviço no dia seguinte para participar das atividades".

 
(Silvina Soares de Jesus, 62 anos)

"Sabe quando você renasce? Eu renasci! Vivia deitada em um sofá, com depressão e diabetes. Me falaram daqui e eu rejeitei, pois não queria ninguém cuidando de mim igual uma maluca. Vim visitar já pensando em ir embora, mas depois que vi pela primeira vez não quis mais sair. Pena que não abre aos sábados e domingos. Aqui você é bem tratado e recebe carinho e amor".