Fonte: Facebook - Sampa LGBT
Cerca de 400 pessoas participaram, no último final de semana, da 3ª Conferência Municipal LGBT, no Hotel Dan Inn, na região central da cidade. O evento começou na sexta-feira (4) e se estendeu até sábado (5), com o objetivo de debater as propostas que vão nortear a elaboração dos próximos Plano de Metas e Plano Plurianual.
Assim como nas últimas duas edições, a Conferência foi realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio do Conselho Municipal LGBT e da Coordenação de Políticas para LGBT da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).
Estiveram presentes na abertura do encontro o secretário de Direitos Humanos da Presidência da República, Rogério Sotilli, os secretários municipais Eduardo Suplicy (Direitos Humanos); Luciana Temer (Assistência e Desenvolvimento Social); Dulce Xavier (secretária-adjunta de Políticas para Mulheres); os vereadores Juliana Cardoso (PT) e Toninho Vespolli (PSOL), além de Carlos Magno, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBT) e Rafaeli West, representante da RedeTrans.
“A conferência está acontecendo em um momento muito importante de participação social no Brasil. Não existem direitos humanos sem democracia”, destacou Rogério Sotilli.
No sábado a Conferência discutiu seis grupos de trabalho por meio dos eixos temáticos Segurança Pública, Participação Social e Sistema Nacional LGBT, Educação, Cultura e Comunicação em Direitos Humanos e Defesa dos Direitos Humanos da População LGBT.
“É interessante pensar em grandes produções com a temática LGBT e para esse público, pensar em alcançar o fomento nacional e municipal e apresentar essas produções em grandes cinemas”, disse Natalia Ribeiro, lésbica, militante e participante da Marcha Mundial das Mulheres, ao defender a necessidade de investir e dar visibilidade para artistas LGBT em festivais como a Virada Cultural, por exemplo.
Foram eleitos 62 delegadas e delegados entre representantes da sociedade civil e poder público. Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais vão representar a cidade de São Paulo na conferência estadual, nos dias 19 e 20 de março, e no encontro federal, previsto para o mês de abril.
“Nossa principal conquista foi realizarmos a Conferência Municipal LGBT com o maior número de participantes da história. E ao mesmo tempo promover a conferência com o maior número de travestis e transexuais proporcionalmente ao número de participantes. Está aí a mostra de que São Paulo está construindo não só uma cidadania LGBT, mas também uma cidadania trans, e isso é muito importante”, afirma Alessandro Melchior, coordenador da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania na área de Políticas LGBT.