Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo
O Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) Associação Santo Agostinho (ASA) Primavera, Zona Oeste de São Paulo, está promovendo atividades de reintegração para receber mais atendidos que voltaram a frequentar o serviço presencialmente. Para a segurança de todos conviventes, o CCA está convocando cerca de 10 novas crianças por semana para que a adaptação e o convívio sejam mais controlados.
Para que a volta desses atendidos seja mais divertida, as brincadeiras favoritas deles foram adaptadas para evitar o contato e possíveis contaminações, “barra manteiga” e “pega bandeira” passaram a ser jogadas com cones de plástico nas mãos, e a “queimada” agora é uma brincadeira praticada com os pés.
A escolha das atividades é baseada em rodas de conversa com os orientadores em que as crianças e os adolescentes compartilham suas experiências e expõem novas ideias de brincadeiras. Antes da pandemia, o CCA organizava dias de culinária em que os próprios conviventes faziam as receitas, para maior segurança, agora eles podem escolher o que será feito pelos funcionários do serviço em um determinado dia de atividades.
O objetivo de consultar as crianças e fazer com que elas se envolvam nas decisões é de promover uma participação ativa dentro do serviço. Por isso, os atendidos são incentivados a darem exemplos positivos de como se comportar e se proteger no CCA, segundo a assistente técnica, Vanessa Rizardi, “aqueles que voltaram a frequentar o serviço recentemente são influenciados pelos outros atendidos a seguir as normas de segurança através do exemplo diário”.
As atividades remotas agora são feitas geralmente às sextas-feiras com os atendidos que ainda estão em suas casas e com aqueles que estão no serviço. Durante esse período as crianças que estão no CCA frequentam a sala de informática e são acompanhadas por um educador que aborda temas variados como sustentabilidade, jogos online e vídeos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O retorno presencial está dando uma resposta muito positiva tanto por parte dos atendidos quanto de seus pais ou responsáveis. Rizardi conta que “o espaço ganhou vida novamente” e que durante esse semestre serão trabalhados projetos que visam incluir e reaproximar os atendidos.