Serviço de Cidade Tiradentes oferece oficina virtual de teatro

Crianças e adolescentes estão aprendendo as bases da atuação

Os dois oficineiros, ela do lado esquerdo e ele do lado direito, estão abaixados sobre seus pés em um espaço verde com gramado e árvores ao fundo.

Texto: Natalia Nora Marques
Foto: Acervo

O Centro pra Crianças e Adolescentes (CCA) Crispim, Zona Leste de São Paulo, está realizando uma oficina de teatro que acontece mensalmente com vídeos disponibilizados para todos os atendidos. As gravações são feitas pelos oficineiros Mattheus Adepoju e Bárbara Nunes Pereira em espaços abertos, em casa ou no próprio serviço.

Os atendidos acessam o canal do YouTube, que leva o nome do oficineiro, para acompanharem as instruções de aquecimento, alongamento e movimentação. Os ensinamentos iniciais que foram passados até o momento envolvem diferentes formas de se locomover em cena, a oficineira conta que “no teatro existem diferentes bases para movimentação além dos pés”.

Para acompanhar os atendidos que estão participando da oficina, o CCA pede que os pais ou responsáveis gravem vídeos ou tirem fotos da realização das atividades e enviem para o serviço. Mesmo aqueles que frequentam o equipamento de forma presencial realizam a oficina em suas casas ou outros locais abertos, como praças e parques, de acordo com a necessidade de cada movimento.

A técnica do CCA, Rosilene da Silva, explica que o objetivo da oficina online é de que “toda a família possa participar das atividades”, proporcionando momentos de interação familiar. Assim, o desenvolvimento corporal, de criatividade e das relações interpessoais são incentivados através de exercícios em grupo.

Como o teatro é uma arte complexa, a oficineira explica que os vídeos fornecem uma base para os atendidos, que devem continuar o processo de estudo e conhecimento caso se interessem pela atuação. Ela conta que “entrar no espaço lúdico sem o acompanhamento adequado é difícil”, então esse tipo de atividade só seria possível com a oficina presencial.

Apesar das dificuldades encontradas para adaptar o teatro aos vídeos para as crianças, a oficineira considera que já houve uma melhora na comunicação dos atendidos e ressalta a resposta positiva que os pais e responsáveis tiveram em relação à oficina.