Centro para Juventude do Butantã inaugura sites produzidos durante curso de tecnologia

Os atendidos foram responsáveis pelo desenvolvimento, escolha de temas e design

Foto tirada a partir do fundo da sala em que estão apresentando os sites, na parte inferior da imagem estão alguns alunos sentados em cadeiras de costas para a câmera. No centro da foto está a projeção da apresentação na parede com a frase “home do site”.

Texto: Natalia Nora Marques
Fotos: Acervo

Na última terça-feira (06), os alunos matriculados no curso de Tecnologia da Informação do Centro para a Juventude (CJ) Instituto Ana Rosa, localizado no Butantã, apresentaram os sites criados em aula. Ao longo do curso de um ano, que foi iniciado em janeiro, foram trabalhados alguns módulos e para cada um deles houve um projeto de aplicação prática do conteúdo, o site foi o último trabalho com esse intuito.

As aulas acontecem presencialmente durante quatro dias por semana com duração de cerca de três horas e meia e uma vez por semana elas são transmitidas para os alunos que permanecem em suas casas. Os atendidos que fazem esse curso têm entre 15 e 17 anos e o orientador responsável, Valdir da Silva, conta que “até mesmo os mais novos já conseguiram produzir muita coisa”.

Durante o curso, algumas atividades foram livres e outras aconteceram de acordo com os direcionamentos específicos do orientador, como a criação do site. Silva explica que os alunos deveriam optar por realizar o trabalho individualmente, em duplas ou trios. Além disso, os temas foram sugeridos pelos atendidos, de acordo com os assuntos relevantes do momento, e posteriormente sorteados para eles.

Segundo o orientador, “é importante que eles aprendam a trabalhar com coisas diferentes do que gostam, porque no mercado de trabalho nem sempre é assim”. Outro ponto que é ensinado no curso é a autonomia para a cooperação, durante a semana que foi destinada ao projeto, o objetivo foi que os alunos criassem os sites com base nos conhecimentos adquiridos e ajudassem uns aos outros, evitando consultar o orientador.

Após a montagem dos sites, os alunos pretendem continuar alimentando suas criações com conteúdos de acordo com as temáticas designadas, como pautas LGBTs, raciais e a respeito do CJ. O que promove ainda mais interação e aprendizado, já que diversos atendidos demonstram interesse em seguir carreira na área da tecnologia. Silva também conta que se sente realizado ao perceber a evolução ao longo das aulas e ao ver a dedicação ao curso por parte dos alunos.

Além dos aprendizados nas áreas que os cursos proporcionam, a convivência e a evolução do trabalho em equipe são questões que o orientador destaca como diferenciais na formação dos atendidos pelo CJ.

Foto da sala em que aconteceram as apresentações dos trabalhos com cerca de vinte pessoas sentadas em cadeiras seguindo o distanciamento social.