Dona Marina: Uma trajetória de superação em serviço da SMADS

Iniciativa e força de vontade fizeram a diferença na vida da convivente

 

 Convivente com blusa estampada e calça branca, mão esquerda na cintura, com parede beje do serviço atrás de si

Texto e foto: Bianca Bezerra 
 

Marina Severiana da Silva, 67 anos, é convivente no Núcleo de Convivência do Idoso (NCI) Perus há três anos e demonstra amor e gratidão pelo serviço que a ajudou em uma fase difícil da vida.

“Eu estava depressiva devido a alguns problemas que aconteceram, algumas perdas importantes. Foi quando uma amiga me falou do NCI. Eu vim, fiz meu cadastro e passei a frequentar”, conta.

A idosa pernambucana, mãe de três filhos, avó de nove netos e bisavó de três bisnetos relata que não consegue passar um dia sequer sem ir ao equipamento. “Se não venho me faz falta, então mesmo que eu não consiga chegar para participar das atividades, eu venho para pelo menos dar um ‘oi’, perguntar como estão e volto”, revela.

Depois de ter encontrado forças para superar todo sofrimento, dona Marina se diz muito ativa praticando aulas de artesanato, yoga, alongamento, pilates, dentre outros exercícios. Além da melhora em sua saúde emocional, a física também foi afetada de maneira positiva. “Eu estava debilitada, com muita dificuldade para andar devido a um problema crônico de saúde. Foi quando o pessoal daqui me visitou em casa, foram saber como eu estava. Eu me senti muito acolhida, passei a fazer as atividades regularmente e melhorei muito”, afirma.

Com orgulho, ela narra sua transformação pessoal: “Estou levando outra vida, hoje me veem arrumada, com semblante alegre. Sou outra pessoa”. Dona Marina relata ainda que voltou a fazer o que mais gosta, que é cozinhar para a família.

Ela confessa ser muito apegada a seus netos e se emociona ao comentar sobre um deles: Lucas Guilherme, 13 anos. Toda a família está enfrentando, junto com o menino, uma doença ainda sem diagnóstico. A avó amorosa revela ter fé em Deus e acreditar que tudo vai dar certo. Além disso, dona Marina afirma que o combustível são as amizades que fez no NCI. “Todo mundo é meu amigo aqui, amo a todos. Se fosse para dar uma nota, eu daria mil para todo mundo daqui”, conclui.

Sempre que pode ela também vai aos passeios promovidos pelo serviço. “Essa semana fomos ao Parque Ecológico em Guarulhos, já fomos ao Parque Ibirapuera. Eu adoro passear”, complementa.

A aposentada acredita que todo idoso deveria encontrar um lugar como o NCI para frequentar e comenta que convida outras pessoas para irem: “Sempre que vejo alguém passando por alguma dificuldade, eu convido para frequentar aqui, eu procuro ajudar assim como eu fui ajudada”.