Casa Lar acolhe grupos de irmãos destituídos das famílias que viviam em abrigos na zona norte da capital

Foto: Wagner Origenes

Por Fernando Bassoli Bonadirman

Oferecer uma opção mais próxima da realidade de uma família para que as crianças e adolescentes (prioritariamente grupos de irmãos, ou crianças e adolescentes destituídos do poder familiar com poucas chances de reinserção familiar ou adoção) atendidos nos Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAs) possam se reestruturar buscando a autonomia na vida adulta. É com esse intuito que a Prefeitura de São Paulo, por meio da SMADS, implantou no mês de junho a primeira Casa Lar da zona norte da cidade. O serviço na região de Pirituba/Jaraguá é mantido por meio de parceria com a Aliança de Misericórdia.

A casa tem capacidade para receber até 10 jovens, e segundo o gerente do serviço, Daniel Henrique Agostini de Mendonça, as vagas são preenchidas atualmente por três grupos de irmãos, além de duas pessoas sem núcleo familiar. ”Os SAICAs trabalham o acolhimento imediato, buscando a reintegração familiar. Na Casa Lar nós trabalhamos a autonomia encaminhando os jovens para capacitações e mercado do trabalho com a característica da convivência familiar dentro do serviço, já que a maioria não tem mais contato com a família”, disse.

Para acompanhar o trabalho feito em parceria com a organização social, a secretária Luciana Temer esteve na manhã da última quinta-feira (10) nas dependências do serviço. A visita também contou com a participação do presidente da Aliança de Misericórdia, Padre José Custodio, e da coordenadora institucional, Bia Hauptmann, além da supervisora de Assistência Social da região, Lucia Cristina Medeiros Tarifa.


(Secretária recebe homenagem da Aliança de Misericórdia)

“A Aliança quer fazer o bem, mas sozinha ela não consegue. É por isso que buscamos parcerias. Houve oportunidade de se dialogar muito nesta gestão para construção desse projeto que nasceu como uma casa de família e vai de encontro com a filosofia de trabalho da Aliança e do nosso desejo”, afirmou o presidente da ONG.

Atualmente a rede socioassistencial conta com cinco Casas Lares. Os jovens são encaminhados para as casas pelos SAICAs, tendo como prioridade aqueles que já estão próximos de completar a maioridade já que todos estão destituídos da família, o que acaba dificultando a adoção.

“Foram quatro anos de trabalho muito intensos de toda a equipe e dos parceiros como a Aliança de Misericórdia. O prefeito Fernando Haddad permitiu que nós fizéssemos tudo que entendêssemos que fosse certo e a Casa Lar foi mais uma conquista para São Paulo”, finalizou a secretária Luciana Temer.