Câncer de colo de útero

O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos).

A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo (exame de Papanicolaou), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica desse exame. No caso do exame de Papanicolaou se mostrar alterado, exames complementares serão solicitados para se identificar o tipo de lesão e definir qual o melhor tratamento.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil(1).

Essa doença é mais frequente em mulheres que tem início de atividade sexual precoce e múltiplos parceiros, bem como tabagistas (o risco aumenta em proporção ao número de cigarros fumados).

Existe, ainda, um risco aumentado (3 vezes) de se desenvolver câncer de colo de útero em mulheres portadoras de HPV e que utilizam pílula anticoncepcional combinada por mais de cinco anos(2).

A transmissão do HPV é predominantemente sexual. Dessa forma, os métodos de barreira (preservativos masculino e feminino) são a melhor forma de se prevenir o contágio.

A doença tem início lento e geralmente não apresenta sintomas em seus primeiros estágios. Dessa forma, a realização de exames periódicos é a melhor forma de se identificar a doença ainda em seus estágios iniciais.

Vacinação contra o HPV
Desde 2014 o Ministério da Saúde proporciona a administração da vacina tetravalente contra o HPV em meninas de 9 a 14 anos e em meninos de 11 a 14 anos. A administração precoce da vacina é de extrema importância, antes da criança dar início a sua atividade sexual, evitando o contágio precoce e diminuindo o risco de desenvolvimento da doença. Apesar da vacina não abranger todos os sorotipos de HPV, a utilização da mesma pode prevenir até 70% das ocorrências de câncer do colo uterino.

Como podemos ver no Gráfico abaixo, a Taxa de Mortalidade por câncer de colo de útero vem se mantendo praticamente estável nos últimos anos.

Gráfico 1. Taxa de Mortalidade por Câncer do colo do Útero no Município de São Paulo por 1000 óbitos – 2001-2018

#PraCegoVer: Taxa de Mortalidade por Câncer do colo do Útero no Município de São Paulo por 1000 óbitos – 2001-2018

A vacina contra o HPV é uma arma eficaz no combate à doença. Entretanto, não abrange todos os sorotipos do vírus. Se não fizermos a nossa parte, com a utilização de preservativos e mantendo um relacionamento seguro, esse indicador pouco vai se alterar.

Referências Bibliográficas

1. INCA – Instituto Nacional de Câncer
2. Aldrighi JM, Aldrighi APS, Petta CA. Contracepção hormonal oral, HPV e risco de câncer cérvico-uterino. Rev. Assoc. Med. Bras. 2002; 48(2)

FOLDERS E PUBLICAÇÕES – INCA

Câncer de colo uterino

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DIRETRIZES

- Protocolo INCA Câncer de Colo 2016