Plantio de mudas é destaque na Casa Florescer

Ação contou com 80 participantes e buscou trabalhar os relacionamentos através do plantio de mudas e sementes

 

Cerca de treze pessoas manipulam terra para plantio na Casa Florescer, alguns com pás e outros com as mãos. Ao fundo, parede de concreto com figuras e dizeres coloridos

Texto: Juliano Damasco
Fotos: Divulgação

 

Conviventes e convidados do Centro de Acolhida Especial para Mulheres Transexuais (CAE) Florescer participaram, no dia 17/05, de uma ação denominada “Plantando Frutos, Semeando Amor e Praticando a Equidade”. Cerca de 80 pessoas participaram da dinâmica que ocorreu no espaço verde da Casa Florescer.

O evento objetivou trabalhar e desenvolver as relações humanas por meio do plantio de mudas e sementes. Primeiro, as conviventes prepararam a terra e arrecadaram as mudas com a ajuda de voluntários do Grupo Missões. Após esse processo, os participantes podaram e plantaram as mudas e sementes.

De acordo com Alberto Silva, gerente da equipamento, ações dessa natureza são importantes, pois a interação que é feita pelos grupos ajuda a aprimorar a relação entre as conviventes e também os laços com os funcionários. “O modelo de trabalho que desenvolvemos transcende a questão socioassistencial, é um trabalho que faz com que as relações humanas sejam ampliadas. Trabalhar isso é essencial para estimular o público a conseguir alcancar os objetivos de vida. Fazendo um paralelo com essa ação, é como se plantássemos uma ideia, que vai germinar, florescer e render frutos. Essa é a nossa proposta”, finaliza.

Após a ação, todos se reuniram para o café da tarde e também para uma peça de teatro. O espetáculo “A Caminho de Avignon”, apresentado pelo grupo Off Off Broadway, conta a história de um grupo de teatro mambembe que segue viagem para apresentar seu espetáculo no Festival de Avignon, na França, a bordo de um Fiat 147. Durante a peça, os atores criaram momentos de conexão com o público, refletindo sobre as relações entre arte e mercadoria.

“Foi muito importante reviver este momento com as pessoas que estavam aqui na Casa Florescer. Como eu vivi durante 59 anos na zona rural, consegui reviver um pouco de tudo que aprendi lá. Além das pessoas serem muito receptivas, foi um dia muito alegre. Fico muito feliz em perceber que aqui conseguimos ter essas oportunidades”, relata a convivente, Camila Moretti, 60 anos.


Dois atores, um homem vestido de palhaço com calça vermelha e jaqueta marrom, chapéu e nariz de plástico vermelho, e uma mulher de vestido branco com bordas rosas em palco laranja improvisado na parte externa da Casa Florescer