Combate às drogas celebrado hoje é rotina para exército de 170 orientadores da SMADS

 
Foto: Wagner Origenes/SMADS
Por: Assessoria de Comunicação SMADS


O combate às drogas faz parte do cotidiano de cerca de 170 pessoas que integram a equipe da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social na região da Luz, na antiga Cracolândia. São orientadores socioeducativos e assistentes sociais que trabalham na abordagem dos usuários, 114 que atuam nas proximidades da Praça Princesa Isabel e outros 50 que trabalham na unidade do programa Atende na Rua General Couto de Magalhães.

Para esse contingente de servidores da SMADS, o Dia Internacional do Combate às Drogas, celebrado hoje, tem significado especial.

Segundo os profissionais, não há uma rotina de trabalho porque um dia é diferente do outro. Mas o que todos buscam realizar é um atendimento de qualidade, que consiste em abordar os dependentes químicos, ouvi-los, saber suas histórias e ajudá-los a procurar encaminhamento e outras distrações além das drogas. As abordagens são feitas diariamente, das 8h às 22h.

“Nós não lidamos com a droga”, explica Cristina Viscome, assessora técnica que cuida dos usuários da região da Luz, ligada à Coordenadoria de Proteção Social Especial da SMADS. “Nós lidamos com as pessoas. Antes de ser usuário, quem está ali diante de você é uma pessoa, um ser humano, em situação de alta vulnerabilidade.”

O orientador socioeducativo Jefferson de Moura também comenta o trabalho que realizam: “O nosso trabalho não é julgar, estamos aqui para ajudar.”

Para a assistente social Carmen Lopes, o trabalho deles é de persistência. A equipe pode abordar um único usuário diversas vezes até que ele se sinta confortável para se abrir sobre seus problemas e necessidades. “Não é porque ouvi um não que não tentarei novamente amanhã”, complementa Carmem.

O trabalho da Coordenadoria já acumula marcas impressionantes. Desde o dia 25 de maio de 2017, foram realizadas 14.327 abordagens com encaminhamentos socioassistenciais, e, desde 9 de junho, 12.549 atendimentos na unidade do Atende, na região da Nova Luz.

“Quem trabalha com isso não pode ter preconceito e tem de ter estômago, não é qualquer um que consegue fazer esse trabalho. Faz parte do cotidiano observar a vulnerabilidade daquelas pessoas e toda a tristeza que se encontra nesse caminho”, considera Cristina Viscome.

O vínculo é muito importante no processo de abordagem e é construído com o tempo. Para isso, segundo os servidores, é preciso ser transparente, trabalhar com a verdade e, o mais essencial, estar presente.

“Se não acreditarmos no nosso trabalho, ele não flui”, comenta Carmen Lopes, que afirma ainda continuar acreditando no que faz.