Audiência pública no vão livre do Masp debate abertura da Avenida Paulista para pedestres e ciclistas

Duzentas pessoas colaboraram com sugestões para o programa “Rua Aberta”; estudos da CET aprovam liberação da via aos domingos

Na Semana de Mobilidade 2015, o vão livre do MASP foi palco de audiência pública, que recebeu a população, agentes de movimentos sociais e representantes do poder público para discutir a possibilidade de abertura da Avenida Paulista para pedestres e ciclistas aos domingos. Segundo a Guarda Civil Municipal, 200 pessoas estiveram presentes no encontro. 

Foi a primeira audiência pública, de um total de 32, que serão realizadas até o 13 de outubro em todas as regiões da cidade. Cidadãos e representantes do poder público estão discutindo ações voltadas para implementação do programa “Rua Aberta”, voltado à abertura de ruas e avenidas para atividades artísticas, esportivas, gastronômicas e culturais, aos domingos e feriados. 

“A Avenida Paulista é um espaço de lazer e diversão dos paulistanos e mesmo daqueles que vem de outras regiões. Ao abrir para uso de pedestres e ciclistas estamos reordenando o uso do espaço público com foco na mobilidade urbana sustentável”, destacou o secretário municipal de Transportes, que participou da audiência. 

Apresentação feita durante o evento

 

Para o coordenador de Subprefeituras, que coordenou os trabalhos, o programa deve ser debatido de forma conjunta em todas as regiões da cidade, seguindo orientação do Ministério Público. “O momento é oportuno para que os diferentes agentes sociais colaborem com sugestões, ampliando as áreas de lazer na cidade”. 

Também participaram da mesa o secretário de Culturai, o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Esportes e o subprefeito da Sé. 


Participação
 

Na audiência pública diferentes correntes de pensamentos se posicionaram sobre o projeto de abertura da Paulista aos domingos. 

Para a ativista do SampaPé, Ana Carolina, a cidade de São Paulo continua refém do uso do asfalto pelo motorizado. Por isso, “a prefeitura acerta quando desenvolve política pública voltada ao lazer dos paulistanos”. E completa: “São Paulo é um lugar no qual todos devem conviver de forma humana e pacífica”. 

O morador Walter Tom, por sua vez, entende que o direito de ir de vir precisa ser respeitado, pois a Avenida Paulista recebe um fluxo elevado de veículos, mesmo aos finais de semana. “Tenho que sair e entrar em minha casa com conforto e tranquilidade, na hora em que jugar conveniente”. 

As considerações trazidas na audiência vão ajudar no conjunto de ações voltadas à implementação do projeto.
 

CET aponta possibilidade de abertura 

Estudos realizados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), nos dias 28/06 e 23/08, respectivamente, mostraram que a Avenida Paulista pode ser aberta aos pedestres e ciclistas aos domingos, das 9h00 às 17h00, sem prejuízo ao trânsito e aos estabelecimentos e residências existentes na região. 

Para viabilizar este projeto, a Companhia pode operacionalizar rotas alternativas para veículos pelas Avenida Nove de Julho, Rua da Consolação, 23 de Maio, Avenida Brigadeiro Luís Antônio, Rua Treze de Maio, com possibilidade de desvio pela Rua Augusta. 

Para esta operação será implementada sinalização especial para entrada e saída de estabelecimentos nas alturas dos Hospital Santa Catarina, Hoteis Ibis e Meliá, além do Club Homs. Os acessos às residências se darão pelas Ruas São Carlos do Pinhal (sentido Consolação) e Alameda Santos (sentido Paraíso). Haverão autorizações especiais par carga/descarga de caminhões. 

O secretário de Transportes observou que a proposta de liberação da via deve ser amplamente debatida pelos diferentes agentes sociais envolvidos até que haja consenso para o benefícios dos cidadãos. 


Trabalho conjunto
 

O encontro foi promovido pela Prefeitura Municipal com intermédio das secretarias municipais de Coordenação das Subprefeituras, Transportes, Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Cultura, Segurança Urbana, Esportes, além da CET e Agência São Paulo de Desenvolvimento. 

Colaboraram na pauta de debates movimentos e organizações como Paulista Aberta, Minha Sampa, Sampapé, Ciclovida, Cidade Ativa, Ciclocidade, Acupuntura Urbana, Greenpeace, Cidade para Pessoas, Pedal Verde, Bike é Legal, ITDP Brasil, Vá de Bike, Instituto Aromeiazero, Transporte Ativo, Cidadeapé, Catraca Livre, Instituto Mobilidade Verde, Laboratório da Cidade, Rede Nossa São Paulo, Rede OCARA, Virada Sustentável, Corrida Amiga e Pé de Igualdade.

Fotos: Sidnei Santos

Assessoria de Imprensa - SPTrans


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