CET lança Programa de Mobilidade por Bicicleta

Campanha conta com fiscalização intensiva em ciclovias e ações educativas de trânsito. Objetivo é integrar a sociedade no conceito de mobilidade urbana sustentável, proposto pela Prefeitura

A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) dá início esta semana, através da CET, à Campanha Bicicleta Segura - Programa de Mobilidade por Bicicleta. O objetivo é promover ações permanentes de educação e fiscalização no trânsito com enfoque para a proteção aos espaços sinalizados para ciclistas.

A Campanha terá uma atenção especial voltada para o respeito às áreas destinadas aos ciclistas bem como a preocupação com a inserção deste novo modal na rotina da cidade. Para isso, as ações educativas dos orientadores de travessia serão intensificadas, além de haver o lançamento da primeira etapa do Plano de Comunicação para Ciclistas.

O Programa de Mobilidade por Bicicleta começou a ser estruturado com a implantação de uma infraestrutura viária adequada ao tráfego de bicicletas. Já são 70,6 km de ciclovias em operação e, até 2015, serão 400 km de vias, cujos circuitos integrarão várias regiões da área metropolitana. Com isso, a Prefeitura está inserindo a bicicleta como uma opção segura de transporte na Capital.

A partir deste momento, estamos lançando a segunda etapa deste amplo projeto de reordenamento do espaço urbano, com o aprimoramento da fiscalização em ciclovias juntamente com ações de educação no trânsito.

Orientação no trânsito

A CET também está estruturando a distribuição de um material educativo para pedestres e ciclistas. Os orientadores de travessia, principalmente os que ficam posicionados em cruzamentos do Centro da cidade, irão distribuir folders para pedestres e ciclistas com orientações de segurança no trânsito com enfoque no ciclista. Abaixo o lay out:

 

Radares em Ciclovias

A diretoria de planejamento da CET estruturou o mapeamento inicial da fiscalização eletrônica que será realizada nos locais por onde passam ciclovias e ciclofaixas Este quantitativo será acrescido paulatinamente mediante estudos.

Os radares poderão fiscalizar a invasão de veículos em ciclovias/ciclofaixas e também a velocidade máxima permitida nos eixos onde existem espaços segregados para ciclistas.

Dentre as vias informadas, existem locais onde a ciclovia está implantada no canteiro central, mas, mesmo assim, a fiscalização eletrônica se faz necessária aos veículos que circulam nas faixas a eles destinadas para resguardar a segurança dos ciclistas que transitarão pelo local.

Inicialmente, foram mapeados 43 locais que já estão ou passarão a ser fiscalizados eletronicamente nos circuitos cicloviários ou nos demais trechos da via.

Abaixo os endereços:

Av Liberdade / Rua Pirajussara / Av. Eliseu de Almeida / Av. Vereador Abel Ferreira / Av. Dr. Luiz Ayres / Av. Dr Assis Ribeiro / Av. São João / Av. Brás Leme / Av. Eng Caetano Álvares / Av. Cruzeiro do Sul / Av. Joaquina Ramalho / Av. Edgar Facó / Av. Olavo Fontoura / Av. General Ataliba Leonel / Av. Guilherme Cothing / Av. Mutinga / Av. Direitos Humanos / Av. Zaki Narchi / Av. Atlântica / As. Escola Politécnica / Av. Corifeu de Azevedo Marques / Av. Sumaré - Av Paulo VI / Rua Coronel Xavier de Toledo / Av. Dr Abraão Ribeiro / Rua Pamplona / Rua Vergueiro / Rua Prof. Noé de Azevedo / Av. Ordem e Progresso / Av. Jabaquara / Largo São Bento / Largo São Francisco / Av. Calim Eid / Av. Bernardino de Campos / Av. Dom Helder Câmara/ Rua da Consolação / Av. Indianópolis / Av. República do Líbano / Av. dos Tajurás / Av. Eng. Luiz Carlos Berrini / Av. Jorn. Roberto Marinho / Av. Interlagos / Av. Jair Ribeiro da Silva / Av. Luis Dumont Vilares.


Projeto Frente Segura

A CET acaba de concluir um estudo sobre o Projeto Frente Segura, que foi implantado para melhorar a segurança de motociclistas e ciclistas. O projeto tem uma aprovação média de 93,2%, num universo de 1.456 entrevistas respondidas.

Além disso, as observações em campo concluíram que cada cruzamento possui uma dinâmica própria que deve ser respeitada para melhor segurança dos usuários.

O primeiro Frente Segura foi implantado em abril do ano passado no Centro em caráter piloto. Atualmente já temos 148 bolsões.

A sinalização delimita uma área exclusiva de espera para motos e bicicletas localizada entre a faixa de pedestres e os automóveis e demais veículos parados no vermelho do semáforo veicular. Com isso, dá-se preferência aos modais sobre duas rodas na abertura do tempo semafórico.

Abaixo uma imagem desta sinalização implantada no Centro da Capital:

 

O estudo teve por critério verificar se na percepção dos usuários de trânsito o projeto “Frente Segura” está cumprindo com os objetivos aos quais foi proposto; além de verificar por meio de observação a dinâmica destes bolsões no trânsito em geral.

Para compilar os números foram utilizados três instrumentos de coleta: entrevistas de opinião direcionada a motociclistas, pedestres e condutores; entrevista de opinião realizada com internautas e estudo observacional. O trabalho de observação foi feito em quatro cruzamentos: Av. Rebouças x Henrique Schaumann x Av. Brasil; Av. Rio Branco x Av. Ipiranga; R. Cel. Xavier de Toledo x Viaduto do Chá e R. Consolação x Av. Paulista.

Percepção de segurança

Um dos objetivos do projeto é ajudar a reduzir o número de acidentes. Os pesquisadores foram a campo para apurar se há uma sensação de maior segurança nestes locais que receberam a sinalização. Apesar de ser uma pergunta sobre percepção e não dar indícios dos números reais, 89,2% dos pedestres sentem que o número de acidentes pode ter caído com a ação proposta.

O maior benefício exposto entre os entrevistados foi o fato de a motocicleta sair da fileira estreita formada entre os veículos, o que gerava insegurança tanto para os motociclistas como para os outros condutores, e também a maior visibilidade para o pedestre.

Muitos entrevistados, dentre pedestres, motociclistas e condutores, pediram a ampliação do projeto para outras regiões da cidade. A maior observação acabou ficando entre os próprios usuários pela falta de respeito que percebem entre si.

Além disso, houve a atenção quanto à cor da sinalização, que, segundo alguns, poderia ser diferenciada, e também a questão do compartilhamento do espaço. Há uma corrente que defende que as bicicletas não deveriam ficar na mesma linha de arranque das motos.

Espontâneo

O trabalho também considerou as manifestações apuradas espontaneamente com os entrevistados. Abaixo o quadro contendo somente essas observações:

 

 

 

MOTOCICLISTA

CONDUTOR

PEDESTRE

TOTAL

%

Acharam a iniciativa boa ou ótima

90

29

60

179

40,3%

Ampliar as faixas do projeto frente segura

75

28

17

120

27,0%

Ampliação de faixas exclusivas p/ motos e bolsões

26

8

2

36

8,1%

Mais fiscalização, pois os carros não respeitam

8

0

0

8

1,8%

Fiscalizar os" motoqueiros"

0

3

0

3

0,7%

Uma cor diferente para a faixa

3

0

3

6

1,4%

Liberar motos nos corredores de ônibus

2

0

0

2

0,5%

uma cor diferente para a faixa

2

0

0

2

0,5%

não mudou nada /  não tá bom assim

2

0

0

2

0,5%

Educação para motoristas, ciclistas e pedestres

0

8

7

15

3,4%

Liberar o corredor de ônibus para táxi

0

11

0

11

2,5%

Motociclistas devem evitar os corredores de ônibus

0

6

0

6

1,4%

Outros

23

14

17

54

12,2%

Total

231

107

106

444

100,0%

Medição de obediência

A CET também realizou uma medição de obediência dos condutores de autos e demais veículos à linha de retenção da área destinada às motos e bicicletas. Em média, 86% dos condutores de autos ou demais veículos respeitam os bolsões de espera.

O cenário de maior desrespeito foi verificado na Avenida Brasil, no pico da tarde, quando se detectou que 37 % dos condutores de autos ou dos demais veículos infringiram a sinalização proposta. Lembramos que o Frente Segura ainda opera em caráter piloto e não são realizadas autuações aos veículos infratores.

Em média, 73% dos motociclistas e ciclistas respeitam os bolsões, sem avançar sobre a linha de retenção ou sobre a faixa de pedestres (variação entre 46% e 92%). Os casos extremos verificados são da ordem de 54% de desrespeito praticado pelos motociclistas e ciclistas. A aferição foi feita na Rua da Consolação, no pico manhã.

Em média, 86% dos condutores de autos ou demais veículos respeitam os bolsões destinados a motocicletas e bicicletas (variação entre 63% e 97%). Os casos extremos são da ordem de 37% de desrespeito praticado pelos condutores de autos ou dos demais veículos. Esta variação mais alta foi observada na Av. Brasil, no pico da tarde.

Durante a pesquisa em campo foi observado que algumas motos preferem faixas específicas, em geral à esquerda da via, condicionando o alto uso do lado esquerdo do bolsão e, às vezes, impedindo que outras motos ocupem as áreas remanescentes.

A medição de obediência foi feita em seis cruzamentos: Av. Santos Dumont x Av. do Estado; Av. Brasil x Av. Nove de Julho; Av. Tiradentes x R. Ribeiro de Lima x R. João Teodoro; Rua da Consolação x R. Dona Antonia de Queiroz; Av. Rebouças x Av. Henrique Schaumann x Av. Brasil; Rua Colômbia x Av. Brasil.

Departamento de Imprensa-CET
 

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