Na sua trajetória como artista, fez cursos e realizou exposições em diversos países, expondo principalmente xilografia e litografia. Também no teatro, seu trabalho como figurinista e cenógrafa é reconhecido através de vários prêmios. Recentemente foi premiada, mais uma vez, pelo conjunto da sua obra: em 2000, recebeu o “Prêmio Mário Pedrosa”, concedido pela Associação Brasileira dos Críticos de Arte e, em 2002, o “Premi Itália nel Mondo”, concedido pela Fondazione Itália nel Mondo.
Maria Bonomi tem se dedicado à discussão da Arte Pública; tanto em sua tese de doutorado, defendida em 1999 na USP, quanto pela participação em projetos na cidade de São Paulo.
Na sua relação com a cidade, a Biblioteca Mário de Andrade significou o lugar onde suas perguntas poderiam ser respondidas: “sempre a Biblioteca era o ponto de referência e de polêmica, onde se podia trocar ideias, discutir. A gente vinha discutir aqui, aqui eu vi brigas muito grandes. Eu lembro que as pessoas diziam: ‘vai lá na Biblioteca e faz essa pergunta, cria caso’ ”.
Ignácio de Loyola Brandão mudou-se para São Paulo em 1957, trazendo de Araraquara uma verdadeira paixão por bibliotecas e livros, graças à influência de seu pai, um ex-ferroviário que lia diariamente e chegou a acumular um acervo maior que o da Biblioteca Municipal de Araraquara.
Trabalhando como repórter e colunista de cinema no jornal Última Hora, publica, em 1965, seu primeiro livro de contos: Depois do Sol. Sua obra conta com mais de vinte livros e inclui romances, obras infantis, biografias, contos, traduções para outras línguas e parte dela já foi adaptada para o cinema e teatro. O último prêmio que recebeu foi o Jabuti, em 2000, com o livro O homem que odiava a segunda-feira.
Ignácio de Loyola Brandão tem uma relação intensa com São Paulo, cidade na qual quase todas as suas histórias acontecem: “A minha relação é constante e sem esta cidade eu não poderia fazer literatura. Se São Paulo não existisse e eu não tivesse vindo para cá, acho que eu não seria escritor”.
Sinopse
• Vinda para São Paulo e mapa afetivo (ILB) • Chegada em São Paulo e mapa afetivo da cidade (MB) • Início da atividade como gravurista (MB) • Contato com os ícones da produção cultural – anos 50 • Sociabilidade nos espaços públicos • Confrontos políticos e estéticos • BMA como espaço de debate • Apatia dos jovens contemporâneos • Diferencial do acervo da BMA • Mudanças no processo de comunicação – Internet • Sugestões para a revitalização da BMA • Críticas ao Museu da Língua Portuguesa • Produção artística: a cidade como questão • Arte pública: projeto Estação da Luz (MB) • Memórias do pai (ILB) • Programas de formação de leitor e feiras literárias • Experiência como dramaturgo (ILB) • Amizade profunda com Clarice Lispector (MB) • Ditadura Militar e prisão (MB) • Mercado das artes (MB) • Interlocutores (MB) • Críticas ao isolamento da universidade (MB) • Diálogo entre diferentes linguagens artísticas (MB) • Projeto “Arte Cidade” (MB) • Bienais (MB) • Críticas ao investimento público na cultura (MB) •Mapa afetivo de São Paulo
Alameda Glete ↔ Barzinho do Museu ↔ Cine Marrocos ↔ Cine Odeon ↔ Cinemateca ↔ Clubinho dos Artistas ↔ Colégio Caetano de Campos ↔ Coral ↔ Estação da Luz ↔ Galeria de Arte na Rua São Luis ↔ Hotel Jaraguá ↔ Ipiranga ↔ Livraria Francesa ↔ Livraria Italiana ↔ Hotel Marabá ↔ Museus da Rua Sete de Abril ↔ Pari Bar ↔ Ponto Chique ↔ Praça da República ↔ Praça Roosevelt ↔ Restaurante Da Giovanni ↔ Restaurante Papagaio Verde ↔ Restaurante Gigetto ↔ Rua Augusta ↔ Vila NormandaExpectativas e direções para a BMA
- Promover contínuos fóruns de discussão;
- Disponibilizar muitos computadores abertos à consulta no saguão;
- Promover concursos de literatura;
- Aproveitar melhor o espaço interno e externo fomentando o encontro entre as pessoas;
- Sair do isolamento que se encontra e voltar a dialogar ativamente com outras instituições da cidade.
Ficha Técnica
data 12/06/2006 duração 108 minutos suporte 1DVD / 1VHS transcrição 48 páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Alexandre Nakamura / Daisy Perelmutter / Mariana Cordeiro; direção audiovisual Luís Augusto Silva / Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira