38º Café Literário - Mário Quintana

Com o livro O segundo olhar

O 38º Café Literário, sob a curadoria da Prof.ª Janaina Soggia, discutirá a obra “O segundo olhar”, de Mário Quintana, organizada por João Anzanello Carrascoza.

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Quando: 30/06, às 15h

Local: Rua da Consolação, 94

O evento é gratuito e os ingressos serão distribuídos 1h antes do início da palestra.

Sobre a obra: Foi pensando nas diversas possibilidades de interpretação da obra de Mario Quintana que este livro surgiu. A proposta do escritor João Anzanello Carrascoza ao organizar esta antologia foi recuperar sua veia singular — e hoje pouco conhecida —, demonstrando toda a força de Quintana. Daí o título, que parte da ideia de que é quando lançamos um segundo olhar sobre as coisas que conseguimos captá-las em sua plenitude.
Conhecido como o poeta da infância e do cotidiano, Quintana teve suas outras facetas negligenciadas ao longo do tempo. Seus poemas percorrem muitos caminhos: são leves, engraçados, mas também são irônicos, intensos. Certa vez, ele declarou que o segredo para uma vida longa residia no interesse pelos outros e pelo mundo, e sua poesia expressa esse entusiasmo. Ele era meticuloso na composição de versos que, apesar de aparentemente simples, escondem uma inegável complexidade. Aqui, a disposição dos poemas segue a mesma lógica que orientou Mario Quintana na composição de muitos de seus textos. Organizados sem o suporte de cronologias ou eixos temáticos, os poemas vão se sucedendo em uma espiral, de forma contínua, como numa conversa em que uma ideia puxa outra. O segundo olhar capta com maestria a essência de Mario Quintana e mostra porque ele é um de nossos maiores poetas.

Sobre o autor: Mário Quintana nasceu em 1906 na cidade de Alegrete (RS). Terminou seus estudos no Colégio Militar de Porto Alegre e aos 18 anos começou a trabalhar na Livraria do Globo. A partir dos anos 1930, vive do jornalismo e de traduções. Seus livros se sucedem: A rua dos Cataventos (1940), Canções (1946), Sapato florido (1948), O aprendiz de feiticeiro (1950) e Espelho Mágico (1951), consagrando-o entre os grandes nomes da poesia brasileira. Em 1962, sai o volume de suas Poesias completas e, em 1966, a Antologia de seus poemas organizada por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Nos anos seguintes, publica livros marcantes, como Apontamentos de história sobrenatural (1976) e A vaca e o hipogrifo (1977). Em 1980, recebe o prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras. Falece aos 88 anos, em 1994. Sua obra é marcada por um terno lirismo, combinando intuição e reflexão, aliando poesia e crônica, buscando o sublime via prosa do mundo. Poesia universal, para saber de cor.

Fonte: Companhia das Letras