Em outubro, a Biblioteca Mário de Andrade traz o curso Introdução ao Cinema Brasileiro com o professor Renato Bulcão.

A proposta do curso, dividido em cinco encontros, é apresentar filmes nacionais consagrados e, comumente, desconhecidos pelo público geral, traçando um panorama cronológico com muito debate.

Sobre o professor: Renato Bulcão é doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela UPM. Participou do Projeto Tidia Ae e coordenou o Laboratório de Televisão Digital. Atualmente é professor e coordenador do Curso de Licenciatura em Filosofia da UNIP.

Cronograma:

Primeira palestra: será apresentado o início das atividades de exibição de filmes no Rio de Janeiro e em São Paulo e como o cinema começou como uma atividade de entretenimento urbano, com espaço para a produção de filmes brasileiros. Como os filmes eram mudos, animados por música ao vivo e apresentado com letreiros em português, a língua não era uma barreira para a exibição de um filme. Faz parte também dos primórdios os ciclos regionalistas, a produção de cinema em vários outros estados do país.

Segunda Palestra: com o Estado Novo surge a produção obrigatória de cine-jornais, que possibilitou a importação de equipamento e organizou as bases para as tentativas de industrialização.
Junto com os cines jornais surgiu também o primeiro instituto de apoio ao filme educativo que foi a base para todas as iniciativas do governo para dar suporte ao cinema brasileiro. Enquanto isso, a produção nacional produzia seus primeiros sucessos, e os filmes de carnaval, nossa versão de filmes musicais que faziam muito sucesso e lançavam músicas de carnaval.

Terceira Palestra: os militares, a Embrafilme e a pornochanchada. O esforço de substituição das importações que fez com que os governos da Ditadura Militar de 1964 criassem uma série de agencias de fomento, criou também a Embrafilme.

Quarta Palestra: o encerramento da Embrafilme, pelo governo Collor, sob diversas alegações, desde desperdício do dinheiro público, até corrupção e favorecimento. Só depois do impeachment do presidente foi que se organizou a retomada do cinema brasileiro.
Com as leis de incentivo e a recuperação da economia e da moeda nacional, a produção voltou a existir.

Quinta Palestra: o cinema do século 21 se apresentou como um cinema incentivado, sob um governo centralizador; surge um cinema diretamente ligado a televisão. A produção de cinema cresce, mas a tão espera qualidade resultante da quantidade ainda não apareceu. Os sucessos de bilheteria são mais constantes, mas privilegiam as comédias, exatamente como nos anos 50, 60,70 e 80.

Quando: de 3/10 a 31/10 (quartas-feiras), às 19h
Local: Auditório- 1º andar (R. da Consolação, 94 - Centro)
Lotação: 170 lugares
* Retirada de ingressos 1 hora antes do evento