A Biblioteca Mário de Andrade vai iniciar mais uma etapa do conjunto de ações que pretendem ampliar a presença digital de seus catálogos, conteúdos e serviços. A boa notícia é que foi aprovado o projeto “Memória da Biblioteca Mário de Andrade”, apresentado pela sua Associação de Amigos e Patronos (AAPBMA) ao Edital 13/2020 do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (PROAC).

Por meio do PROAC, serão utilizados R$99.967,00 para a digitalização de parte do acervo audiovisual do Arquivo Histórico da BMA, especificamente 2.223 fitas k7 e 214 fitas VHS. Trata-se de registros de diversos eventos e apresentações que ocorreram na instituição ao longo de sua existência. O material será digitalizado para os formatos mp3 e mp4, respectivamente, a fim de garantir tanto a preservação a longo prazo, quanto o maior acesso aos seus conteúdos.

O Arquivo Histórico reúne e preserva a história da Biblioteca Mário de Andrade por meio de uma documentação diversa: cerca de 80 metros lineares de documentos textuais (correspondência da diretoria, ofícios, relatórios de frequência, relatórios de gestão, programação, livros contábeis, notas fiscais de aquisição de livros); mais de 400 imagens históricas (desde a década de 1920 na antiga sede da Rua 7 de Abril até a construção da atual edificação entre 1939-1942), além das 2000 imagens (aproximadamente) mais recentes produzidas como registro de atividades relacionadas ao processo de revitalização da Biblioteca, reforma e restauro do edifício, higienização da coleção de periódicos e ainda as atividades regulares promovidas pelo setor de Ação Cultural.

Em seu acervo de K7 e VHS há depoimentos de artistas, escritores e intelectuais do Brasil e do exterior, como Alaíde Costa, Abdias do Nascimento, Gilberto Freyre, Gilberto Gil, Lygia Fagundes Telles, Mario Quintana, Rachel de Queiroz, Pablo Neruda, Ruth Rocha, Tom Zé, entre outros.