Direito à cidade foi o tema dos projetos desenvolvidos por alunos do Programa Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital

Programa da Prefeitura de São Paulo já formou aproximadamente 1.500 jovens desde 2015

 

Nesta terça-feira (20), no salão nobre da Prefeitura, 59 jovens inscritos no Programa Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital participaram da cerimônia para entrega dos certificados de conclusão do curso. O programa, que formou aproximadamente 1.500 jovens desde sua criação em 2015, oferece bolsa-auxílio mensal de R$ 730,71 durante os seis meses de curso.

Antes da cerimônia, os jovens apresentaram suas criações em uma feira maker. O direito à cidade foi a tônica dos projetos, que buscam, entre outras coisas, oferecer soluções para os problemas do município, como a questão dos animais abandonados e da falta de acessibilidade em espaços públicos.

Alunos no FabLab da Vila Itororó criaram um mapa tátil para que pessoas com deficiência visual possam se localizar no espaço; a turma do FabLab Anhanguera criou uma lixeira com sensor eletrônico para abrir o recipiente, evitando o contato das mãos e a transmissão de doenças; um jogo de tabuleiro, com mensagens sobre cidadania foi apresentado pela equipe do FabLab Vila Rubi. Estes são alguns exemplos de projetos criados pelos formandos.

“Cachorro também sente”, afirmou Ian Luca de Oliveira Lima, 17 anos. Criado por alunos e alunas do FabLab Cidade Tiradentes, o Cantinho Pet oferece ração e água para cães em situação de rua e pode comportar até dois animais de tamanho médio. Na entrada da casinha de madeira, um sensor acende a luz quando o “novo hóspede” adentra o espaço.

Para Marina Maurício de Toledo, 17 anos, moradora de São Mateus, o Bolsa Trabalho apresentou um mundo de possibilidades que não sonhava conhecer. “Aprendi a mexer com corte a laser, impressão 3D e até com marcenaria, coisa que nunca imaginei que ia ter contato. Eu também desenvolvi muito a minha comunicação e o trabalho em grupo, porque eu era muito fechada no meu canto”.

Os pets em situação de rua também foram favorecidos no Bebedouro para Petz, do grupo do Fablab Parque Chácara do Jockey, que dispõe de água abastecida eletronicamente, para não acumular no recipiente. O aluno Victor Alexandre, 19 anos, da Vila Brasilândia conta que a necessidade foi observada no próprio espaço onde acontecia o curso. “Vimos que circulavam muitos animais no parque e que estavam passando sede com as altas temperaturas”.

Além das técnicas profissionais, o Bolsa Trabalho apresenta uma perspectiva de futuro, para Anthony Muniz Grigório, 16 anos, Cidade Tiradentes. “Me fez pensar sobre meu futuro, sobre ter mais experiências e também, como posso te dizer, me interessar por outras áreas, como programação, marcenaria e pensar no mercado de trabalho mesmo”, comenta sobre o programa.

 

 

O Programa é uma parceria da Coordenação de Políticas para Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET) e da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT).

“Além de promover educação, formação e sensibilização, o Bolsa Trabalho cria oportunidades para que cada um dos formandos seja um agente promotor de direitos humanos e de cidadania, não importa para qual área você vai, mas que você seja esse agente”, destacou Soninha Francine, Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania.

“A área de tecnologia é uma das vocações da cidade, com grande potencial de empregabilidade. A capital é responsável por um em cada cinco empregos gerados na área no Brasil, por isso o empenho da Prefeitura em oferecer qualificação profissional nesse segmento a fim de ampliar as oportunidades também para a juventude”, ressalta o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Armando Junior.

Para Humberto Alencar, Secretário Adjunto da Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT), “Esta formatura é um marco, por ser a primeira a oferecer vagas no período da tarde, fruto de um esforço conjunto entre as secretarias para duplicar o número de vagas oferecidas no segundo semestre. Isto só é possível por esta ação integrada, que oferece oportunidades aos alunos de crescerem como um todo, não só na área da tecnologia, mas em todos os aspectos da formação de um cidadão. Para que a tecnologia crie novos rostos e variedades é preciso que ela seja dinâmica para resolver problemas de todas as pessoas e não apenas algumas”

O Bolsa Trabalho

O Programa Bolsa Trabalho oferece formação profissional para jovens de 16 a 20 anos e a grade curricular inclui temas como Respeito à Diversidade e Direitos Humanos, Cidadania Ativa, Projetos de Vida e Mundo do Trabalho. Também são feitas visitas aos equipamentos sociais e culturais de São Paulo, proporcionando aos jovens senso de pertencimento à cidade. Para ter direito à ajuda de custo, os alunos precisam frequentar ao menos 85% das atividades.

As aulas são ministradas na rede de Laboratórios Públicos de Fabricação Digital (FAB LAB LIVRE SP) onde os jovens aprendem fabricação digital, impressão 3D, corte a laser entre outras técnicas e utilizam a tecnologia para desenvolver ao longo do semestre algum produto com impacto social em seu bairro.

Algumas vagas são exclusivas para jovens que cumprem medida socioeducativa em semiliberdade da Fundação Casa, em que os jovens adolescentes saem dos centros educativos para estudar e trabalhar. O programa também incentiva a participação de jovens imigrantes, indígenas, LGBTI+ e jovens com deficiência, para que possam aumentar sua inserção no mercado de trabalho.

As inscrições são abertas em dois períodos do ano. Geralmente maio, para o 2º semestre, e novembro, para o 1º semestre do ano seguinte. Veja mais informações neste link.

Clique aqui e conheça os projetos apresentados na Feira Maker. 

 

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