Ciclo Malditos

De 23 de março a 18 de maio, sempre às 19h30, abordará autores cujas obras - por incompreensão de seus contemporâneos ou ainda, pela ação da censura - demoraram para ser lidas e aceitas; e que, subseqüentemente, exerceram influência e passaram a ser vistas como inovadoras. O termo "malditos" ganhou destaque com a publicação da antologia Les Poètes Maudits, elaborada por Verlaine de 1884 a 1888 , que trazia à luz os então desconhecidos Rimbaud e Tristan Corbière.

Obedecendo a uma série cronológica as palestras abordarão os autores tipicamente "malditos",. Na programação estarão William Blake, Sade, Baudelaire, Rimbaud, Corbière, Lautréamont, Artaud, Bataille e o brasileiro Sousândrade. Serão abordadas, também" questões associadas ao sentido da própria expressão "malditos" como a atualidade do termo e a projeção, além dos limites da criação literária, dos autores em movimentos de vanguarda, política, contracultura e rebeliões juvenis.

As pré-inscrições podem ser realizadas também por telefone (3256 5270 ramal 206) das 12h00 ás 17h00, ou por e-mail (kbocchi@prefeitura.sp.gov.br).

Programação

23/3

O autor maldito é aquele que se permite dizer o mal? A relação entre o mal, o feio, o sublime e o belo.
Professor Márcio Seligmann (doutor pela Universidade Livre de Berlim e professor de Teoria Literária na UNICAMP; recentemente publicou O Local da Diferença, Editora 34).
Os perigos da literatura: o "caso Sade".

Eliane Robert Moraes (ensaísta, professora na PUC-SP)

30/3

Críticas malditas.
Leda Tenório da Motta (ensaísta, tradutora, professora na PUC-SP).
William Blake: poeta de várias facetas.
John Milton (ensaísta, tradutor, professor na USP).

6/4

Walter Benjamin: filósofo maldito?
Olgária Matos (ensaísta, professora titular no Departamento de Filosofia da USP, autora, entre outros, de Rosseau, uma Arqueologia da Desigualdade, MG editores, Os Arcanos do inteiramente Outro - a Escola de Franfurt, a melancolia, a Revolução, ed. Brasiliense).
O spleen do Príncipe das trevas.
Viviana Bosi (ensaísta, professora do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada - Letras da USP, autora de John Ashbery: um módulo para o vento. São Paulo: EDUSP):Baudelaire: Deus e a raça de Caim; Revolução: espanquemos os pobres;

27/4

Bloomsbury Babilônia.
Antonio Bivar (dramaturgo, narrador e ensaísta).
Pasolini, poeta maldito.
Roberto Piva (poeta - SP).

4/5

O conceito de 'maldito' na vigência da sociedade do espetáculo.
João Silvério Trevisan (prosador, ensaísta - SP).
Maldoror, a voz de Lautréamont; Baudelaire lido por Lautréamont
Claudio Willer (poeta, ensaísta, tradutor de Allen Guinsberg, Antonin Artaud e Lautréamont; acabou de sair nova edição de Os Cantos de Maldoror- Obra Completa, de Lautréamont, pela Iluminuras)

11/5

Gilka Machado e Judith Teixeira, poetas contemporâneas e malditas.
Maria Lúcia Dal Farra (poeta, ensaísta, professora na UFSE).
O maldito como supliciado: de Charles Baudelaire a Tristan Corbière.
Marcos Siscar (professor de Teoria da Literatura na UNESP; poeta; como tradutor, publicou Os Amores Amarelos, de Tristan Corbière, Iluminuras, 1996, e A Rosa dasLínguas de Michel Deguy, Cosac & Naify/7 Letras, 2004).

18/5

Portugal e seus malditos: o caso de Al Berto.
Lucila Nogueira (poeta, ensaísta, professora na UFP)
Os ‘malditos’ no simbolismo brasileiro
Cassiana Lacerda Carollo (ensaísta, professora na UFPR)

Serviço

Todas as 5ª, das 19h às 21h30, no auditório da Biblioteca Mário de Andrade, a partir de 23 de março.
Entrada é franca
Informações e inscrições: 3256-5270, ramal 206 ou pelo e-mail kbocchi@prefeitura.sp.gov.br