Texto: Fernando Galacine

 A Prefeitura de São Paulo, por intermédio das secretarias do Trabalho, de Participação e Parceria, de Assistência e Desenvolvimento Social e da ONG Nós do Centro, dará continuidade ao projeto de reinserção social da população LGBTT. O programa capacita travestis e transexuais em situação de vulnerabilidade social por meio de atividades teóricas e práticas que visam à entrada dessas pessoas no mercado de trabalho. O prazo do contrato de colaboração entre as pastas envolvidas no programa seria o final de agosto deste ano, mas foi prorrogado para o dia 31 de dezembro.

O projeto, iniciado em julho de 2008, atende 16 pessoas. Nele, cada beneficiado é encaminhado para a realização de atividades profissionalizantes em áreas nas quais mais se identifica. Os atendidos pelo programa também contam com um auxílio financeiro mensal de R$ 477, além de apoio em feiras municipais, como a da Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, para a exposição de suas produções artesanais.

“O Programa Operação Trabalho LGBTT é inovador e fundamental, por trabalhar com uma população em alta vulnerabilidade. Com pouco tempo são inúmeros os casos de sucesso, desde a inserção no mercado de trabalho como o retorno aos estudos”, diz coordenador de Assuntos de Diversidade Sexual da Secretaria de Participação e Parceria.

 Hoje, cerca de 300 pessoas aguardam para a participação no programa. Elas precisam preencher, previamente, requisitos como estarem desempregados há mais de quatro meses ou nos últimos três anos, não acumularem mais de três meses com registro e não estarem inclusos em outros benefícios ou recebendo seguro-desemprego. Os interessados devem ser maiores de idade, residir na cidade de São Paulo há mais de um ano e ter renda familiar por pessoa acima de R$ 232,50.