A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Relações Internacionais, participou nesta terça-feira, 29 de outubro, do seminário Circular Cities 2019. O evento, organizado pela rede Chevening Alumni do Consulado Britânico em São Paulo, contou com a participação de autoridades e empresários, que discutiram sobre as oportunidades da Economia Circular nas cidades. A ação faz parte de uma ação global idealizada pela organização britânica Circular Economy Club, que acontece simultanemante em mais de 100 cidades de vários países.

A secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso, participou da abertura do evento, que foi composto por painéis temáticos, promovendo a discussão entre autoridades e empresários do setor para a criação e ampliação de políticas públicas e ações que fortaleçam a economia circular no município.

“A gestão pública está cada vez mais preocupada com questões inseridas na economia circular. Por este motivo, desenvolvemos duas grandes políticas públicas: programa de combate ao desperdício de alimentos, responsável pela coleta de frutas, legumes e verduras em boas condições de consumo, mas que seriam descartadas por não possuir valor comercial; e o Fashion Sampa, que incentiva o reúso de tecidos e roupas antigas para novas criações da moda”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Durante o primeiro ciclo de paineis, a secretária adjunda de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Ana Carolina Lafemina, foi moderadora do debate com o tema Flagship Cities – O Ciclo dos Alimentos. O secretário municipal de Relações Internacionais, Luiz Alvaro, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Urbano, José Neto, o presidente da Ade Sampa, Frederico Celentano, e o CEO da Fruta Imperfeita, Roberto Matsuda, também participaram do painel.

“As políticas públicas são fundamentais no apoio a economia circular, seja na transformação de uma ideia ou implementação de um projeto, o setor público pode ser um grande aliado no combate ao desperdício e a má utilização dos recursos ambientais”, declara a secretária adjunta de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Ana Carolina Lafemina. “A economia circular traz um enorme potencial de inovação, geração de empregos e crescimento econômico para toda capital”, completa.

A coordenadora de Desenvolvimento Econômico da Secrecretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Helena Grundig, moderou o painel III destacando as ações da Pasta que estão inseridas no eixo de economia circular. Durante o debate, ela apresentou o Programa Fashion Sampa, lançado em 16 de outubro na São Paulo Fashion Week, que promove o fortalecimento da cadeia da moda e indústria da transformação no município.

“É preciso não só repensar e agir para mudarmos os paradigmas de produção e consumo na indústria da moda, mas também como fazer isso de maneira inclusiva. A competitividade das empresas deve estar atrelada a um modelo econômico sustentável que reduza as desigualdades e gere renda para as pessoas”, declara a coordenadora de Desenvolvimento Econômico, Helena Grundig.

Um dos eixos de atuação do Fashion Sampa é a conscientização e combate à pirataria e a promoção de ações educativas para a produção e o consumo socialmente e ambientalmente sustentável a fim de colaborar com a erradicação do trabalho análogo à escravidão e a redução de impactos ambientais causados pela indústria têxtil.

São Paulo, Cidade Emblemática
A Fundação Ellen MacArthur anunciou no mês de junho o município de São Paulo como uma das Cidades Emblemáticas que receberão apoio técnico da entidade na atuação na economia circular de alimentos. Juntamente com Londres e Nova Iorque, a capital paulista contará, ao longo dos próximos três anos, com a colaboração da entidade inglesa para desenvolver soluções de economia circular dos alimentos em grande escala.

A Fundação apoiará as Cidades Emblemáticas no estabelecimento de metas na transição para uma economia circular dos alimentos, ajudando também a alcançá-las por meio da facilitação de conexões e colaboração com outros atores relevantes do sistema alimentar. A escolha das cidades ocorreu com base no lançamento do relatório “Cidades e Economia Circular dos Alimentos”, no início de 2019, no Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos. O objetivo é iniciar uma exploração mais profunda do papel que as cidades, seus governos e empresas podem ter na criação de uma economia circular de alimentos.

 

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