O CMCT&I - Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia & Inovação reuniu-se hoje, dia 12, para dar continuidade às discussões em torno da Lei Municipal de Inovação, que tem o objetivo de melhorar a competitividade das empresas sediadas na cidade de São Paulo em áreas como as de pesquisa tecnológica. Os membros pontuaram algumas pendências para a melhor formatação do texto que será encaminhado oportunamente à Câmara Municipal.
Na ocasião, o professor da FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Milton Campanário, apresentou o Parque Tecnológico de São Paulo – Leste, para conhecimento dos conselheiros nas tratativas para a consolidação do projeto. “Esse parque vem no bojo de uma reforma urbana na região Leste, sem comparação com nenhuma outra localidade no país. São mais de R$ 800 milhões de investimentos em várias frentes de trabalho para constituir novo cenário em uma região que hoje apresenta o pior índice social da cidade”, argumentou.
O projeto, a ser instalado nas proximidades da estação Corinthians-Itaquera do Metrô, prevê uma operação urbana, além de um complexo de instalações voltadas a inovações tecnológicas, contanto com a atuação da USP-Leste e outras universidades como FEI - Faculdade de Engenharia Industrial e Instituto Mauá de Tecnologia. Também instituições como Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial estarão presentes com a criação de 22 mil vagas em seus cursos.
“São Paulo dispõe de parques tecnológicos de excelência como o de São José dos Campos e do Jaguaré, por isso, esse novo espaço terá outros diferenciais para não rivalizar com os existentes. O conceito fundamental neste projeto é a tecnologia com computação em nuvem (recurso de compartilhamento de dados via internet sem necessidade de instalação de programas ou de armazenamento de informações em meio físico), além das possibilidades de atuar em ambiente virtual para testes voltados à industria, por exemplo”, ressaltou Campanário.
Para o coordenador de Desenvolvimento Econômico e suplente do CMCT&C,
José Alexandre Sanches, tanto a lei de Inovação quanto o projeto do parque tecnológico trarão impactos duradouros para a cidade. “Participei recentemente de uma reunião em Brasília para tratar de assuntos da Copa do Mundo e uma das abordagens no encontro se volta à problemática dos equipamentos que ficam ociosos após eventos dessa magnitude. Nisso São Paulo já se diferencia das demais localidades, pois a construção do estádio do Corinthians, que esta cotado para receber jogos do evento, estará ao lado do parque tecnológico, nos possibilitando outras intervenções e parcerias, inclusive com a participação da comunidade”, destacou.
Sanches acrescentou que até o final deste ano está previsto a finalização dos estudos sobre o parque e a incorporação do projeto urbanístico, sob a responsabilidade da Semdet - Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. “Após esse andamento ainda há o credenciamento para atender a legislação que envolve a implementação de parques tecnológicos. Em paralelo, está em desenvolvimento o projeto arquitetônico e também a captação de recursos nas esferas estadual e federal. Acreditamos que antes de 2014 seja possível contar com o funcionamento das incubadoras de empresas”.
Por Solange Borges