Academia de agentes de crédito impulsiona desenvolvimento econômico na cidade

Texto: Célio Soares

Nessa semana foi lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, a Academia de Microfinanças que capacitará profissionalmente os agentes de crédito. O órgão estará ligado a São Paulo Confia, banco de microcrédito da cidade de São Paulo. Os cursos terão início em janeiro do próximo ano e deverão formar, inicialmente, 100 agentes. Para o secretário Marcos Cintra, a Academia será o indultor do desenvolvimento econômico na cidade, principalmente nas regiões onde o índice de autônomos e informais é mais alto.

A cerimônia de lançamento da Academia ocorreu durante a apresentação dos resultados da Maratona do MEI realizada pelo São Paulo Confia e da assinatura de transferência de R$ 3,5 milhões do orçamento da Prefeitura de São Paulo para o banco. Segundo o presidente do Conselho de Administração do São Paulo Confia, Hugo Duarte, esse valor beneficiará cerca de 2,5 mil pessoas.

Academia- Na Academia de Microfinanças, serão promovidos cursos referentes a microfinanças voltados para a formação de profissionais para a orientar os microempreendedores. Os objetivos do órgão estão centrados no desenvolvimento da capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação valores, conhecimentos e habilidades necessárias ao desempenho das funções do agente de crédito, analisando dados e experiências bem sucedidas e/ou inovadoras na área de microempreendedorismo, identificando problemas e propondo soluções para o aprimoramento de tais práticas.

Na Academia serão formados, de início, cem agentes de microcrédito, sessenta dos quais serão imediatamente contratados pelo banco de microcrédito da cidade de São Paulo, após terem cumprido 300 horas de formação teórica e 60 horas de atividades de campo. O novo agente de microcrédito receberá R$ 1.200 de salário, mais benefícios. As inscrições para o processo seletivo dos cursos começam em janeiro, nos CATs- Centros de Apoio ao Trabalho. Os candidatos precisam ter no mínimo segundo grau completo.

A Academia de Agentes de Microfinanças preza a formação de recursos humanos para atuarem como agentes de crédito popular, através do seu preparo técnico de como proceder à liberação do crédito, para população de baixa renda, repassando ao microempreendedor fundamentos importantes para o seu desenvolvimento e assim garantir a sustentabilidade da própria instituição de microcrédito, “visando oferecer ao mercado e a outras Instituições mão de obra qualificada”.

“Há uma carência de agentes de crédito que atuem principalmente na periferia da cidade. A Academia deverá começar a funcionar ainda no primeiro semestre do próximo ano, atendendo turmas entre 50 e 100 agentes”, diz o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho.

Maratona do MEI- Com relação a Maratona do MEI, durante três meses, os agentes do banco de microcrédito visitaram casas e estabelecimentos de mais de 10 mil clientes, esclarecendo a importância e as vantagens de se tornar um Empreendedor Individual e auxiliaram os interessados a fazerem o cadastro via internet. A ação atingiu 60% acima do resultado esperado. A meta era legalizar 1 mil empreendedores, mas foram legalizados 1.586 clientes. O Secretário destacou que o número é “ainda pouco para a quantidade de pessoas que precisamos sensibilizar. Mas estamos no caminho certo. A principal característica da economia brasileira é a mobilidade social. Todos os grandes empresários já foram micro ou pequenos no passado. Precisamos aprender a valorizar este conhecimento”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho.

A região que mais inscrições ao MEI ocorreram foi o Centro com 310, depois vem Guaianases com 217; Itaim Paulista, 190; Heliópolis, 132; São Miguel, 128; Jabaquara, 111;Perus, 102; São Mateus, 90; Interlagos, 81; Brasilândia, 76; Jardim Ângela, 58; Santana, 38; Lapa, 30, Vila Prudente, 22 e Tatuapé, 1.

“Ainda é pouco para a quantidade de pessoas que precisamos sensibilizar. Mas estamos no caminho certo. A principal característica da economia brasileira é a mobilidade social. Todos os grandes empresários já foram micro ou pequenos no passado. Precisamos aprender a valorizar este conhecimento”, disse o secretário.