Por: Cristina Braga 

Na última segunda-feira, 21/10, o Seminário “São Paulo: Cidade da Inovação” (integrante da 10ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia) reuniu representantes de importantes categorias da cidade de São Paulo com o objetivo de promover debates relacionados à inovação e mobilizar autoridades públicas, empresários, executivos, pesquisadores e estudantes acerca do tema. O evento foi realizado no auditório da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), para cerca de 500 pessoas.

Na abertura, estiveram presentes o Secretário Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Eliseu Gabriel; o Diretor Presidente do Instituto Butantan, Jorge Kalil; o Subsecretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, Marcos Cintra, e o Vice-Presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da FIESP, Roberto Aluísio Paranhos do Rio Branco.

Para Eliseu Gabriel, o Brasil possui um desenvolvido e dinâmico sistema de produção científica, mas essencialmente acadêmico. “A questão é buscar formas, modelos para a transferência do conhecimento de base científica para as atividades industriais e de serviços, sejam públicas ou privadas”, garante.

Segundo Roberto Aluísio Paranhos do Rio Branco, há necessidade de se criar políticas públicas mais agressivas para as incubadoras. Ele lembra que “cerca de 55% das incubadoras inovam para o País e 28% para o setor econômico”.

Jorge Kalil, por sua vez, enfatizou que o Brasil possui um número ínfimo de patentes, se comparado a países como a China e a Coreia. “O País não consegue inovar e absorver tecnologia não é inovar. Nossos cientistas estão nas universidades e não nas indústrias, precisando de mais investimento e incentivo tecnológico e científico para o setor”, pontua.

O Seminário prosseguiu com a apresentação dos seguintes temas: Parques Tecnológicos e Incubadoras, Divulgação dos Programas e Atuação das Agências e Fontes Financiadoras; Casos de Inovação Tecnológica bem-sucedidos e Gargalos Jurídicos da Inovação - este último defendido pela Professora associada da Faculdade de Direito da USP, Maria Paula Dallari.

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