Casa da Mulher Brasileira é inaugurada em São Paulo

Espaço concentra os principais serviços especializados e multidisciplinares de atendimento à mulher vítima de violência

A cidade de São Paulo recebeu na última segunda-feira, 11 de novembro, as instalações da Casa da Mulher Brasileira. O espaço funcionará 24 horas por dia, prestará serviços integrais e humanizados para mulheres em situação de violência.

“Essa é uma das obras que encontramos paradas quando assumimos a gestão, mas que agora, com um grande trabalho em conjunto, conseguimos entregar para a população. É um espaço que terá uma visão global e integrada para a mulher em situação de violência, muito importante para a maior e mais rica cidade do país, mas que ainda convive com índices inaceitáveis de tratamento às nossas mulheres”, disse o prefeito Bruno Covas em um vídeo que foi exibido durante a inauguração.

A Casa da Mulher Brasileira oferece, em um único espaço, um acolhimento especial às mulheres, em um ambiente confortável, acolhedor e seguro. No local, a mulher em situação de violência encontra apoio psicológico, assistencial, com o amparo necessário para a sua segurança e bem-estar.

“É uma casa que terá suas portas abertas para dar todo o apoio necessário, com uma equipe de policiais, assistentes sociais, psicólogos, além da parte de trabalho que desenvolveremos com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho”, disse a secretária de Direitos Humanos e Assistência Social, Berenice Giannella.

A unidade é a primeira desse modelo no Estado de São Paulo e a sétima no país. A Casa da Mulher Brasileira contou com recursos federais para a sua implementação e faz parte de um dos eixos do programa “Mulher, Viver sem Violência”, coordenado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e, desde março de 2018 está sob a responsabilidade da Prefeitura de São Paulo, na Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC).

A Casa serve como porta de entrada para os serviços especializados que visam garantir condições de enfrentamento da violência, o fortalecimento da mulher e sua autonomia.

“Aqui há o acolhimento pleno para as mulheres, sobretudo, as mais fragilizadas, as mais ameaçadas, aquelas que vivem em uma condição de ameaça permanente”, disse o governador João Doria.

As mulheres em situação de violência que procurarem o local encontrarão serviços de acolhimento e escuta qualificada por meio de uma equipe multidisciplinar, formada por:

• Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) - ações de prevenção, proteção e investigação dos crimes de violência doméstica;
• Ministério Público - que atuará na ação penal dos crimes de violência;
• Defensoria Pública - com orientação às mulheres sobre seus direitos e assistência jurídica;
• Tribunal de Justiça - responsável pelos processos, julgamentos e execução das causas relacionadas à violência;
• Guarda Civil Metropolitana – por meio do programa Guardiã Maria da Penha, para proteger as vítimas.
• A unidade conta com um alojamento de acolhimento provisório para os casos de iminência de morte. Também foi instalado na Casa um ponto de atendimento da Central de Intermediação em Libras para atender mulheres surdas.

Tem Saída
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho é responsável pelo Tem Saída, política pública voltada à autonomia financeira e empregabilidade da mulher em situação de violência doméstica e familiar. A ação é uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, OAB-SP e ONU Mulheres.

O Tem Saída conta com o apoio de empresas privadas, que viabilizam vagas de emprego para as mulheres atendidas pelo programa. Esse conjunto de esforços busca promover a reinserção dessas mulheres no mercado de trabalho contribuindo para a independência financeira da mulher e o fim do ciclo de violência.

Serviço:
Casa da Mulher Brasileira
Rua Vieira Ravasco, 26, Cambuci (região central), São Paulo-SP

Por: Damaris Rodrigues