Observatório da Gastronomia discute sobre a criação do Mapeamento Gastronômico da região central da cidade

O documento tem como objetivo oferecer um cardápio de opções gastronômicas para o munícipe, o poder público e o setor privado

O Observatório da Gastronomia realizou na última terça-feira, 5 de novembro, uma reunião para discutir sobre o Mapeamento Gastronômico do Centro da Cidade de São Paulo. O banco de dados do documento será composto de informações sobre os estabelecimentos de alimentação que estão instaladas na região central da capital.

A base de dados trará um histórico do desenvolvimento da região, suas raízes, tradições, inovações e sobre o desenvolvimento econômico local, focado na Economia Criativa, que faz do centro uma referência gastronômica para as outras regiões da cidade.

Para a elaboração do documento serão selecionados pelo Comitê de Imagem e Patrimônio Cultural de SP, que é parte do Observatório da Gastronomia, cerca de 100 estabelecimentos de alimentação da região. A pesquisa qualitativa que será apliacada divide os estabelecimentos por categorias, como, por exemplo, tipo de estabelecimento (restaurante, bar, empório, lanchonete, entre outros), estilo, especialidade da casa, entre outros itens que tornarão o mapeamento útil para o consumidor, o comerciante e até mesmo servirão de indicadores para formulação de ações e políticas públicas no local.

Em julho deste ano o Observatório da Gastronomia divulgou uma outra pesquisa que traça um panorama do setor da gastronomia na cidade de São Paulo. O levantamento analisou os dados consolidados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS/MTb), entre 2006 e 2016, último ano disponível, e da PNADC/IBGE para o quarto trimestre de 2017.

O setor da gastronomia em São Paulo representa 55% da Economia Criativa da Cidade. Os serviços que envolvem a gastronomia simbolizam 6,1% dos ocupados residentes em São Paulo, o que representa 372,8 mil pessoas. O número de empregos formais do setor registrou um crescimento de 58% nos últimos dez anos, mas a informalidade ainda é uma das maiores na cidade, estimada em 44,5%, o que representa 165,8 mil pessoas.

De acordo com a pesquisa, em São Paulo, 80% dos estabelecimentos possuem de um a 19 vínculos trabalhistas. A remuneração média do trabalhador formal da área de gastronomia é de R$ 1.756, valor que representa cerca de metade da remuneração média na cidade de São Paulo, que é R$ 3.467.

O número de estabelecimentos formais dos serviços de alimentação cresceu 68% nos últimos 10 anos na cidade de São Paulo, o que equivale a 23.092 estabelecimentos, 7,7% do total de comércios da cidade. O setor tem faturamento anual médio de R$ 31,9 bilhões por ano. Com relação aos estabelecimentos formais no centro da cidade, o bairro da Sé conta com 592 e, a República, com 733.


O Observatório da Gastronomia
Espaço de articulação direcionado ao fortalecimento da cadeia da alimentação, o Observatório da Gastronomia trabalha em conjunto com todos aqueles que atuam nesse setor, potencializando os aspectos ligados à economia, cultura, segurança alimentar e sustentabilidade.

O Observatório da Gastronomia atua por meio de comitês temáticos, que têm o objetivo de unir a expertise dos diversos atores de forma a potencializar a busca por soluções no setor da alimentação.

Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da Prefeitura de São Paulo, conta com a participação de órgãos e instituições municipais, associações, cooperativas, ONGs, academias instituições de ensino, sindicatos, chefs de cozinha, proprietários e funcionários de bares, restaurantes e similares, nutriocionistas, empresas do setor de alimentação e de distribuição, comida de rua, produtores agrícolas e profissionais da cultura e do turismo.

 

 

Siga a SMDET nas redes sociais