Beneficiários do Bolsa Cursinho assinam termo de compromisso durante o lançamento do projeto

Por: Solange Borges

As Secretarias Municipais do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) e de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) lançaram no último sábado, 8, o Projeto Bolsa Cursinho. A iniciativa faz parte do Plano Juventude Viva, em parceria com os Cursinhos Populares Uneafro Brasil e Mafalda, que beneficia 204 jovens e seguem critérios do programa Bolsa Trabalho. Na ocasião, os beneficiários assinaram termo de compromisso e de responsabilidade para passarem a receber a bolsa, através de conta a ser aberta para essa finalidade.

Para o secretário Artur Henrique, o Bolsa Cursinho é resultado de uma construção coletiva, não só pelo poder público como também das organizações e movimentos sociais, para ampliar os direitos e possibilidades de participação da juventude. “É fundamental que essa pressão popular ocorra para o poder público analisar a tomada de decisão política. Não é uma esmola, nem um favor essa bolsa, mas o retorno de um direito que a população tem, pelos impostos que paga. Esse é um primeiro passo para o que todos neste evento almejam: a universalização do ensino público gratuito e com qualidade”, destacou o titular da SDTE.

Já o secretário-adjunto de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sotilli, avaliou a importância dos cursinhos populares e destacou o trabalho das entidades parceiras que fazem uma ação ampla de formação em educação e cidadania. “É fundamental o foco nesses dois pontos, pois vão contribuir na transformação dos jovens em cidadãos com valores em direitos humanos. O nosso governo tem compromisso com a cidadania e por isso o Juventude Viva, que é um programa do governo federal, veio para São Paulo como resposta para minimizar os problemas de vulnerabilidade social que afeta a periferia da cidade, com ações de saúde, cidadania, educação, lazer, trabalho entre outras”, destaca.

Para o professor de história Douglas Belchior, integrante da Uneafro Brasil, essa iniciativa é o início de outras ações necessárias na educação do país. “Há uma lacuna entre o ensino médio e a universidade, que é preenchida pelos cursinhos, e nas classes menos favorecidas, são os cursinhos populares que fazem esse papel. Lutamos há muito tempo por uma política pública de permanência, ou seja, conquistar meios que permitam que o jovem possa manter seus estudos com algum tipo de subsídio e não seja obrigado a abandoná-lo para sobreviver. O Bolsa Cursinho permitirá que parte de nossos jovens não tenha que desistir no meio do caminho”, ressalta.

Na avaliação de uma das beneficiárias, Maíra Queirós, 24 anos, da Uneafro, essa ação deve ser propagada, visto que ainda tem muitos jovens que precisam de uma bolsa como esta. “É uma comemoração coletiva, pois sei que muitos colegas precisam tanto quanto eu, mas estão felizes por eu ter conseguido e assim continuar meus estudos”, Já Angélica Toledo, outra contemplada pela bolsa, que estuda no cursinho Mafalda, deixar de trabalhar para estudar é uma decisão difícil. “A bolsa vai ajudar a concretizar um pouco de nossos sonhos”.

O evento também foi prestigiado pelo coordenador de Políticas para a Juventude da SMDHC, Claudio Silva e pela secretária-ajunta da SDTE, Sandra Faé. A abertura da cerimônia contou ainda com o coletivo de São Mateus, que com poesias e música, refletiu a situação dos jovens na periferia de São Paulo.

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