Por: Viviane Claudino
O secretário municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo, Artur Henrique, a Subprefeita de Pinheiros, Harmi Takiya, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Melo Franco e o chef de cozinha Alex Atala, do Instituto ATÁ, reuniram-se na noite de quarta-feira, 6, com representantes da sociedade civil e permissionários do Mercado Municipal de Pinheiros para apresentação da proposta de revitalização do mercado, na zona sul.
A Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), através da Supervisão Geral do Abastecimento, prepara a reforma nos sistemas hidráulico e elétrico do estabelecimento, além da parte anexa conhecida como deck. A obra está prevista para iniciar em maio, com previsão para entrega em aproximadamente dois meses.
Com a revitalização do mercado municipal, além da ocupação dos boxes que estavam vagos, a SDTE apoia a promoção de atividades culturais e de fomento à cultura e gastronomia brasileira. “Fomentar a ideia da gastronomia como cultura é um dos elementos importantes para essa revitalização, que vai atrair mais comerciantes e aumentar o número de visitas. A ideia é também tornarmos o Mercado de Pinheiros mais um ponto turístico da nossa cidade, valorizando a nossa cultura”, disse o secretário Artur Henrique.
O acordo de cooperação com o Instituto ATÁ, que ocupará cinco boxes no local, garantirá que os biomas brasileiros Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado e Pampas sejam destaques nas atividades desenvolvidas pelo instituto. “O ATÁ se propõe a ser um curador cultural. Não vamos vender somente alimentos, mas também as culturas locais, porque queremos aproximar o saber do comer, o comer do cozinhar, o cozinhar do produzir e o produzir da natureza”, disse Atala ao destacar a valorização dos ingredientes brasileiros.
Segurança Alimentar e Nutricional
Além da revitalização, o secretário Artur Henrique também destacou as ações realizadas pela SDTE para fortalecimento da política municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, como a inclusão obrigatória de alimentos orgânicos na merenda escolar, com lei sancionada pelo prefeito Fernando Haddad em março de 2015, que já garante quase 23% da alimentação proveniente da agricultura familiar, e o Banco de Alimentos, localizado na Vila Maria, zona norte da capital, que em 2014 distribuiu cerca de 900 toneladas de alimentos para entidades cadastradas na Prefeitura de São Paulo.
“Esse Banco de Alimentos vai se transformar no primeiro Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo, onde deverão ocorrer também oficinas e debates sobre gastronomia e segurança alimentar”, avisou o secretário.
Inclusão pela produção
A preocupação pela segurança alimentar também foi destaque na apresentação do secretário de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Melo Franco, que informou sobre o projeto para garantir a distribuição e comercialização de produtos da agricultura familiar nos novos empreendimentos de moradia popular.
“Tudo isso está articulado com várias secretarias, é uma política de governo, sobretudo para que essa população tenha acesso à comida de qualidade. Isso significa absorver toda essa produção que será feita pelas famílias vulneráveis, que terão condições de inclusão não mais pelo consumo, mas pela produção, que é outro projeto político em desenvolvimento”, avisa.
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