Segundo dia da Semana Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento traz debate sobre as Cidades Resilientes

A programação continua hoje, com o tema Meninas Cientistas e a participação feminina no mercado de trabalho

Por: Aline Oliveira

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) realizou o segundo dia da programação da I Semana Municipal de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento, com a temática da gestão e construção de cidades mais seguras e resilientes, na terça, 14.

O Promotor para o Brasil do Programa de Cidades Resilientes da ONU, Sidnei Furtado, abriu o encontro com a abordagem das ações realizadas em cidades que firmaram o compromisso pela busca da resiliência urbana e o desenvolvimento sustentável, ressaltando a importância da prevenção de desastres. “Ainda não temos essa cultura, nos preocupamos apenas com a resposta ao invés da prevenção, mas precisamos dar mais atenção a esse assunto, que vem sendo discutido não apenas na Europa, mas também no Brasil”, explicou.

Na sequência, o Geógrafo e Pesquisador do Centro de Tecnologias Ambientais do IPT, Eduardo Macedo, discutiu a necessidade da gestão de riscos, sobretudo nas moradias em locais com grande incidência de desabamentos. “Nós temos que observar esses casos e trabalhar para sua diminuição, fazer com que não aconteçam mais”, ressaltou.

O evento também contou com a presença de Ronaldo Malheiros Figueira, representante da Coordenação de Ações Preventivas e Recuperativas, que abordou o tema Gestão Participativa de Riscos.

Hoje, 15, o evento é voltado ao público feminino com o eixo-temático ‘Meninas Cientistas’. O encontro será realizado no Centro Cultural São Paulo com a presença da docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Meteorologia da USP, Yara Marangoni, acompanhada de universitárias. A Geógrafa e Pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Ros Mari Zenha será a coordenadora da mesa.

Confira a programação desta quarta:

Meninas Cientistas

• Yara Marangoni - Docente do Instituto de Astronomia, Geofísica e Meteorologia da USP e Doutora em Geofísica pelo IAG/USP
• Thatiane Lima - Aluna de Engenharia de Materiais da Escola Politécnica da USP/Poli, participante do Grupo de Estudo de Gênero e do Escritório Piloto
• Bianca Vyunas e Maria Augusta Torres - Estudantes de Ciências Sociais, Pesquisadoras do CNPq e FAPESP e assistentes do Departamento de Sociologia da USP

Coordenadora de mesa: Ros Mari Zenha - Geógrafa e Pesquisadora do Centro de Tecnologia do Ambiente Construído - CETAC/IPT

Local: Centro Cultural São Paulo | Sala Jardel Filho

Horário: das 14h00 às 17h00

Inscrições pelo e-mail: cmcti@prefeitura.sp.gov.br

Programação completa do evento: http://bit.ly/1qxUrmn

Abaixo, alguns dados relacionados ao tema ‘Meninas cientistas’:

As mulheres constituem 52% da população brasileira e 53,7% da população em idade ativa, porém, em alguns setores profissionais, elas ainda são minoria. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2009, apenas 21,4% dos cargos de gestão das empresas são ocupados pelo público feminino.

A maioria das categorias profissionais – com exceção de engenheiros e economistas – por exemplo, mostram expressiva participação feminina como nutricionistas, farmacêuticos, odontologistas formadas, por, no mínimo, 50% de mulheres. De acordo com levantamento realizado, entre os farmacêuticos, as mulheres são 70%; entre os nutricionistas, 95%; em relação aos odontologistas, representam 56%.

Em algumas categorias, as mulheres não são maioria, entretanto, entre os médicos (41%), economistas (17,7%) e engenheiros (14%) conforme pesquisa de 2004*. Nesta última categoria, portanto, registra-se tendência de crescimento do número de mulheres nas áreas civil, elétrica e eletrônica, agronomia e de organização e métodos.

O intuito do encontro ‘Meninas Cientistas’ é abordar a participação feminina nas áreas de pesquisa científica e tecnológica em que as mulheres ainda são minoria. A ideia é discutir políticas que visem à igualdade, apoio e incentivo da participação feminina neste cenário profissional, visto o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho no Brasil nos últimos 30 anos.

*Fonte: Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU)

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