Dengue: saiba mais sobre as tecnologias utilizadas no combate ao Aedes aegypti

Diretor da Divisão de Vigilância de Zoonoses fala sobre os recursos adotados, que vão dos larvicidas aos drones

Dentro das estratégias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para combater a dengue, a informação ocupa um lugar primordial. Por isso, o Portal da SMS preparou uma série de conteúdos com informações sobre vários aspectos da doença, dos mecanismos da infecção por meio do Aedes aegypti até sintomas, orientações para a busca de atendimento e para controlar possíveis focos de proliferação do mosquito. Veja a seguir informações do diretor da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Eduardo de Masi, sobre as várias tecnologias adotadas pela SMS no controle da doença.

 
Que tecnologias a SMS utiliza no combate ao mosquito Aedes aegypti? 
As primeiras são os próprios inseticidas biológicos utilizados pelas equipes de controle e combate à dengue. Entre eles estão os larvicidas, aplicados para eliminar as larvas nos depósitos água, sem representar riscos para os humanos ou animais domésticos. Para o controle de mosquitos adultos é utilizado outro tipo de inseticida, específico para isso, com uma tecnologia de nebulização a frio, que não faz fumaça. Ela forma uma névoa quase invisível aos olhos, mas que por meio de micro gotículas, atingem os mosquitos que estão na área. Além disso, para áreas de grande concentração de pessoas, como escolas e unidades de saúde, existem os inseticidas de ação residual, que permanecem em paredes e superfícies durante meses. Recentemente, a SMS investiu também na tecnologia de armadilhas auto disseminadoras de inseticida, que usam os próprios mosquitos Aedes aegypti fêmea para dispersar o inseticida para os criadouros existentes nas áreas de intervenção. Hoje temos 16 distritos da cidade com áreas de instalação de armadilhas auto disseminadoras de inseticida. Outra tecnologia que estamos utilizando são os drones de monitoramento de criadouros, estratégia executada em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Outras ferramentas de controle estão em fase de avaliação ou sendo viabilizadas para a execução. Por fim, a cidade tem, desde 2016, todas as suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) abastecidas com teste rápido para a dengue, com o objetivo de triar rapidamente os casos confirmados da doença e, com esses resultados, direcionar o mais rápido possível as ações de bloqueio de transmissão para as áreas com circulação de vírus.
 
Qual a utilidade dos drones no combate à dengue?
Os drones são uma tecnologia que já é usada em outras áreas, como a agrícola, para tratamento e controle de pragas, e que está sendo incorporada à saúde pública, para uma gama de atividades muito grande. No caso da dengue, eles podem ser úteis de duas maneiras: primeiro para monitorar e identificar os criadouros de mosquito de difícil acesso, como lajes, caixas d’água, calhas e outros; segundo, eles podem ser usados para aplicar larvicida nesses criadouros e em outros que podem estar em altura e locais que nem o morador e nem o agente público conseguem alcançar. Também conseguem fazer sobrevoo e aplicar o larvicida por áreas mais extensas, como em quarteirões onde estejam ocorrendo casos, ou em pontos estratégicos.
  

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