Gavião-carijó

Aves

 

1) Nome Popular :  Gavião-carijó
2) Nome científico :  Rupornis magnirostris
3) Onde pode ser encontrado em vida livre na cidade:
 
 
4) Biologia: Habitat: Ambientes alterados como capoeiras, bordas de matas, áreas agrícolas, campos esparsos e ambientes urbanos.
Comportamento: Exímio voador, tem vocalização característica.
Alimentação: Caça grandes insetos, pequenas cobras, pássaros, roedores e morcegos. Assim como a maioria dos falconiformes mata a presa com seus dedos e fortes garras.
Reprodução: Seu ninho é construído no topo de árvores. Os 2 ovos são incubados pela fêmea, que é alimentada pelo macho. Os filhotes nascem totalmente dependentes dos pais.
Grau de ameaça no Estado de S.Paulo e no Brasil
5) Relação com a cidade (adaptação, impacto, doenças)
 
 No período reprodutivo os casais de gaviões-carijó constroem ninhos em árvores, muitas vezes próximas a edificações públicas, escolas e residências. Como faz parte do comportamento da espécie a forte proteção de seu ninho e prole, muitos moradores da cidade reclamam de ataques de gaviões no período de primavera. Explicar ao munícipe que é necessário, dentro do possível, compartilhar o uso do espaço entre a população humana e a de gaviões-carijó, tem
sido muitas vezes um desafio para o DEPAVE-3. Por dois anos consecutivos funcionários do Cemitério São Paulo solicitaram a intervenção técnica para garantir o pleno transcorrer do feriado de Finados, visto que um casal de gaviões-carijó com ninho estava atacando todos que se aproximavam do local. A área foi isolada, avisos foram afixados e o casal não foi perturbado. Após criados os filhotes, a família de gaviões abandonou o local.
Além do fato dos gaviões, seus ninhos, ovos e filhotes serem protegidos por lei, todas as aves de rapina exercem importante papel na cidade como agentes no controle de roedores
6) Curiosidades(tamanho, coloração, etc)  
7) Histórico e fatos interessantes de animais atendidos: Os gaviões-carijó recebidos por DEPAVE-3, normalmente apresentam fraturas ou penas quebradas. Alguns deles, recuperam-se lentamente, como por exemplo, o de cadastro nº 5597, recebido em dezembro/96, com várias penas quebradas e sem conseguir voar. Após 180 dias, tendo sido realizado vários manejos, o animal foi considerado apto à vida livre e foi solto. Já em outros casos, a recuperação é rápida, como a do animal cadastro nº 8295, recebido em 09/01/98 com todas as penas cortadas e que 50 dias após, foi considerado apto e solto.
8) Fontes consultadas  *Sick, Helmut. 1997. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 912 p.
* Hofling, E. 1993. Aves no Campus. São Paulo. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 126 p.