Garça-branca-grande

Aves

 

 

 

1) Nome Popular Garça-branca-grande
2) Nome científico Casmerodius albus
3) Onde pode ser encontrado em vida livre na cidade Em lagos, represas, córregos e brejos da cidade, inclusive nos rios Tietê e Pinheiros
4) Biologia Habitat: áreas alagadas que contenham peixes, lagos, rios, banhados açudes.
Comportamento: são migratórios
Alimentação: peixes, insetos aquáticos
Reprodução  
Grau de ameaça no Estado de S.Paulo e no Brasil
5) Relação com a cidade (adaptação, impacto, doenças)  No período que antecede a reprodução, um grande número de garças-brancas-grandes e pequenas podem ser encontradas nos lagos, rios, represas, e espelhos d’água da cidade de São Paulo. Como seus dormitórios são estabelecidos em árvores próximas a essas coleções de água, muitas vezes o excesso de suas fezes ácidas podem causar danos temporários a vegetação.
Por outro lado essas duas espécies de garça cumprem importante papel no controle das populações de peixes nos lagos e represas eutrofizadas como os lagos dos Parques Ibirapuera e Aclimação, além das Represas Billings e Guarapiranga.
6) Curiosidades(tamanho, coloração, etc)  
7) Histórico e fatos interessantes de animais atendidos: As garças são freqüentemente vítimas de linhas de pipa e linhas de pesca, que se prendem em suas asas ou pernas, causando dilacerações de pele e musculatura, fraturas ou deixando-as enroscadas na vegetação dos lagos ou nas árvores em que pousam, onde acabam morrendo de estresse e fome.
Podemos citar como exemplo o caso da garça (4719) encontrada em 24/07/96 presa e pendurada por uma das pernas por uma linha de pipa em um eucalipto no Parque do Ibirapuera.
A garça foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada à Divisão de Fauna, onde foi realizada avaliação clínica e a linha de pipa removida. Como não apresentava maiores problemas foi solta novamente no parque.
Menos sorte teve outra garça (8367), encontrada em 15/01/98 apresentando fratura na asa esquerda (rádio) causada também por uma linha de pipa. A ave foi anestesiada e submetida a cirurgia, onde se reduziu a fratura utilizando-se fio de aço. A asa foi imobilizada com uma bandagem e a ave submetida a tratamento com antibiótico. Em 12/03/98, após total recuperação, foi devolvida para a natureza.
Outra garça encontrada no Ibirapuera (9682) em 04/10/98 apresentava fratura exposta do tarso médio ou úmero direito, provavelmente mais uma vítima de linha de pipa ou de algumas pedrada, que são com freqüência desferidas contra os animais por munícipes inconseqüentes. A ave foi anestesiada e a fratura reduzida através de osteosíntese (utilização de um pino de aço para estabilização da fratura).
Após um mês de internação, o pino foi retirado e no mês seguinte o animal já estava apto para soltura, sendo devolvido ao Parque do Ibirapuera. 
8) Fontes consultadas *Andrade, M. ª 1997. Aves silvestres: Minas gerais. Minas Gerais: Conselho Internacional para a Preservação das Aves,
*Höfling, E., Camargo, H.F.ª 1993 Aves no campus. 2Ed. Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, 126 p.
*Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 912 p.