Vacinação contra poliomielite é a única forma de prevenir a doença

Capital realiza campanha de multivacinação até o fim de outubro para que crianças e adolescentes de 0 a 15 anos possam atualizar a situação vacinal

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença causada pelo poliovírus que pode infectar crianças e adultos. A transmissão ocorre pelo contato direto com secreções eliminadas pela boca ou fezes de pacientes infectados, por meio de alimentos ou água contaminada, por exemplo.

Pessoas infectadas apresentam, com frequência, febre, dor de cabeça, na garganta e no corpo, mal-estar, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca, e até meningite.

Em alguns casos, podem restar sequelas da poliomielite relacionadas à infecção da medula e do cérebro. Entre elas estão a osteoporose, dificuldade de falar, atrofia muscular, problemas e dores nas articulações, crescimento diferente das pernas (o que pode causar escoliose), paralisia de uma das pernas ou dos músculos da fala e da deglutição e pé torto (a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão).

Foto de vacinação. Enquadramento da foto está fechado em boca de criança aberta recebendo enquanto um profissional da saúde coloca vacina de gotas na boca da criança.

A vacina contra a poliomielite é a única forma de prevenir a doença (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As sequelas não têm cura, mas podem ser tratadas com auxílio de medicamentos para aliviar as dores e fisioterapia, que promove exercícios com objetivo de desenvolver a força dos músculos afetados e ajudar na postura.

Prevenção
Se vacinar contra a poliomielite é a única forma de prevenir a doença. No Brasil, a vacinação é feita com três doses injetáveis desde 2016, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade.

Além disso, também devem ser administradas mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente (VOP), conhecida como "vacina de gotinha", aos 15 meses e, mais tarde, aos quatro anos.

Em 1994, o Brasil recebeu o selo de eliminação da poliomielite, com o último caso registrado em 1989. Dos três sorotipos do poliovírus selvagem, os tipos 2 e 3 foram considerados eliminados em 2015 e 2018 respectivamente, restando apenas o sorotipo 1 no continente asiático.

Manter altas taxas de cobertura vacinal é importante para que um dia a poliomielite seja eliminada totalmente do mundo, como é o caso da varíola. Com a vacinação abaixo do esperado, existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular pelo território.

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Campanha de multivacinação na capital
No Dia V, realizado no último dia 16, durante ação de multivacinação no município, 12.670 pessoas compareceram às unidades de saúde, sendo 623 crianças que foram imunizadas com a vacina inativada da poliomielite (VIP) e 2.312 com a vacina oral.

Nos números acumulados de 1 a 20 de outubro, foram 125.870 pessoas na campanha de multivacinação. Destas, 17.883 crianças receberam a vacina inativada e 14.283 foram imunizadas com a vacina oral.

A campanha de multivacinação no município continua até o final de outubro nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), das 7h às 19h, para que crianças e adolescentes de até 15 anos possam atualizar a caderneta de vacinação.

Neste sábado (23), a multivacinação ocorre nas 82 AMAS/UBSs Integradas, que também realizam a imunização contra a Covid-19.

Os endereços das unidades podem ser consultados na ferramenta Busca Saúde.