Operação dispersa mais de 6 mil pessoas de festas clandestinas e aglomerações no Natal e Ano Novo

Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado retomaram força-tarefa que interditou 11 estabelecimentos por descumprimento das recomendações de biossegurança

Com coletes laranja da Prefeitura de São Paulo, quatro fiscais ao lado de uma viatura branca ocupam a via no centro da cidade, é noite e há aglomeração à frente deles

Agentes da Prefeitura participaram da operação que dispersou aglomerações e festas clandestinas na capital (Fotos: Ale Moreira)

Onze estabelecimentos interditados e pelo menos 6.700 pessoas dispersadas pacificamente na cidade de São Paulo. Esse foi o resultado da força-tarefa organizada pela Prefeitura da capital, a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e o Governo do Estado nos feriados prolongados de Natal e Ano Novo.

Os agentes de saúde saíram às ruas nas madrugadas de 25 a 27 de dezembro e entre 1º e 3 de janeiro para fiscalizar possíveis aglomerações de pessoas e festas clandestinas, comportamentos não recomendados por causa da pandemia de Covid-19. 

Na semana do Ano Novo, a Operação Conjunta de Fiscalização de Festas Clandestinas resultou na interdição de mais quatro estabelecimentos e dispersão pacífica de mais 595 pessoas na virada de ano. No total, foram fiscalizados 52 estabelecimentos comerciais, denunciados desde 25 de dezembro por descumprimento das recomendações de biossegurança da Fase Vermelha do Plano SP, sendo 11 interditados e cerca de 6.700 pessoas dispersadas pacificamente.

De sexta-feira (1º) para sábado (2), foram 20 estabelecimentos fiscalizados e um deles foi interditado. No local situado à Rua Costa Valente (Brás), 150 pessoas foram dispersadas. Já de sábado (2) para domingo (3), a operação fiscalizou 13 estabelecimentos, dispersou 445 pessoas, sem resistência, e interditou um bar na Estrada Dom João Nery, no Jardim Bartira e uma choperia na Av. Antônio Estevão de Carvalho, no Patriarca, ambos na zona leste, além de uma festa no Brás, região central.

Anteriormente, as ações de Natal, nos dias 25 e 26 de dezembro, já haviam resultado na dispersão de 6 mil pessoas e na autuação e interdição de sete estabelecimentos comerciais, sendo quatro bares, três casas de shows, além de um pancadão, na região de Cidade Tiradentes, na zona leste.

Com coletes azuis identificados nas costas da Vigilância em Saúde, dois fiscais adentram salão onde se vê ao redor de uma mesa seis pessoas muito próximas, um casal está abraçado

 Participantes de eventos foram dispersados pacificamente e não houve incidentes.

A ação envolveu profissionais da Vigilância em Saúde (Covisa) do município e do Estado de São Paulo, em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), as Subprefeituras e a Polícia Militar (PM). Cerca de 190 agentes percorreram a cidade, com a proposta de coibir festas clandestinas (sem autorização). Os participantes dos eventos clandestinos foram orientados pela Vigilância em Saúde a evacuarem os locais imediatamente, ao que obedeceram sem nenhum incidente.

Os locais foram atuados e interditados pelo órgão. Os proprietários e organizadores destes eventos responderão administrativamente e, com o encaminhamento dos casos às autoridades policiais pela GCM, poderão também responder criminalmente pelos seus atos. O valor da multa é de R$ 9.231,65, aplicada a cada 250m². A GCM acompanha os casos junto à Polícia Civil.

Equipe de cinco homens da prefeitura está diante de um estabelecimento fechado, mas com a pequena porta de metal aberta, há luz azul e uma mulher loira de roupas pretas está de costas em frente à esta pequena passagem


Mesmo com o encerramento dessa força-tarefa, as equipes de fiscalização continuarão sua rotina normalmente. A cidade se encontra em quarentena, em função da pandemia. Para denúncias, o município disponibiliza a Central SP 156 (telefone, aplicativo e pelo Portal de Atendimento). A colaboração dos cidadãos, evitando aglomerações, é fundamental para a preservação da saúde de todos os paulistanos.

Após passar os dias 1º, 2 e 3 de janeiro na fase vermelha do Plano SP, a mais restritiva na qual só podem funcionar os serviços essenciais (farmácia, padarias e mercados), a cidade de São Paulo voltou para a fase amarela, que restringe o horário e a capaciodade de funcionamento do comércio, bares, restaurantes, salões de beleza e academias (veja aqui em detalhes os setores e as regras de reabertura). A nova reclassificação da quarentena será divulgada na próxima quinta-feira (7) pelo Governo do Estado.