Saúde alerta para o diagnóstico precoce e tratamento do Parkinson

No Dia Mundial da Doença de Parkinson as atenções se voltam para orientar a sociedade sobre essa condição neurológica atribuída ao envelhecimento, mas que tem atingido pessoas com menos de 50 anos

Identificada por James Parkinson em 1817, a doença de Parkinson afeta cerca de 1% da população mundial. É uma doença neurodegenerativa progressiva, ou seja, leva à morte gradual dos neurônios. A doença não tem cura, mas é possível controlar os sintomas com a ajuda de técnicas de reabilitação e medicamentos.

Nessa condição, ocorre a perda progressiva de neurônios produtores de dopamina no cérebro, que é um neurotransmissor fundamental para a execução de movimentos no sistema nervoso. Conforme a evolução do quadro, as pessoas apresentam movimentos mais lentos e tremores, afetando a sua qualidade de vida.

Além dos tremores, sintoma mais comum, e da lentidão ao se movimentar, pessoas com Parkinson ficam propensas a quedas devido à instabilidade corporal, enquanto a rigidez dos membros aumenta. Há ainda casos com sintomas não motores, como a redução da capacidade de se sentir cheiros, prisão de ventre, alterações comportamentais e agitação durante o sono.

Apesar de ser predominante entre os idosos, a doença pode ter início precoce, em indivíduos abaixo dos 50 anos. Muitas vezes, a falta de informação e a demora no diagnóstico dificultam os cuidados, por isso a importância da conscientização sobre a busca por ajuda médica e o tratamento correto.

O avanço da doença varia individualmente, com pessoas que podem ficar anos sem apresentar sinais de incapacidade física, enquanto outras podem evoluir rapidamente para um grave comprometimento funcional.

Tratamento
Oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento da doença de Parkinson busca melhorar os sintomas e oferecer qualidade de vida com a administração de medicamentos específicos. Outro acompanhamento importante é com equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e psicólogo.

Cuidados
Há evidências de que exercícios físicos regulares podem estar associados a um risco menor do desenvolvimento da Doença de Parkinson, podendo até retardar a sua evolução. Cuidados como manter hábitos saudáveis, uma dieta balanceada e praticar atividades físicas são importantes contra a progressão de doenças crônicas e degenerativas. Na capital paulista, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) oferecem as Práticas Integrativas e Complementares (Pics) à população, de forma a estimular os mecanismos naturais de prevenção e de recuperação da saúde, como meditação, acupuntura, homeopatia, Tai Chi Chuan, fitoterapia, esportes, entre outras.

Saiba mais sobre as Pics aqui.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) também oferece uma rede de serviços de acolhimento e prevenção dos agravos do envelhecimento. Para participar, o cidadão deve procurar a UBS mais próxima da sua residência e descobrir quais atividades são mais indicadas para que possa ter uma velhice saudável.

A localização de todos os equipamentos da rede municipal está disponível na plataforma Busca Saúde.