SMS mobiliza 6 mil profissionais para garantir atendimento à população em áreas alagadas

As ações de prevenção da Saúde são voltadas prioritariamente à população que teve contato com a água dos alagamentos ou que moram em locais afetado pela chuva que atingiu a cidade de São Paulo no inicio desta semana

Agentes de saúde orientam a população sobre os riscos da leptospirose

Atualizado em 14/3/2019 

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo vem realizando nesta semana, diversas ações de emergência em áreas alagadas pela chuva que atingiu a Região Metropolitana de São Paulo. As Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) mobilizaram cerca de quatro mil profissionais das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dois mil agentes das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) para levar atendimento e orientação para a população atingida.

A Covisa, diante de desastres naturais por inundações e deslizamentos, aciona a UVIS responsável pelo território que desencadeia as intervenções, conforme pactuado no Plano Chuvas de Verão do município de São Paulo.

Esta semana, foram identificadas 18 áreas de alagamento na cidade, especialmente, nas regiões Sudeste e Leste do município. As equipes de ESF realizaram aproximadamente 6 mil atendimentos casa a casa. Entre as ações, foram distribuídos quatro mil panfletos com orientações sobre leptospirose, doença infecciosa febril, causada por uma bactéria do gênero Leptospira, presente na urina de roedores. A contaminação se dá por exposição direta à urina de animais infectados, ou, de forma mais frequente, por meio de contato indireto, com água contaminada pela bactéria. Na atuação em campo, 130 pessoas foram orientadas, atendidas e vacinadas contra difteria e tétano.

Os 50 médicos das unidades onde houve alagamento passaram por um treinamento para manejo clínico de leptospirose, para garantir a rápida identificação de possíveis casos da doença e um tratamento mais eficaz. Somente nesta semana foram distribuídos 52 mil frascos de hipoclorito de sódio (cloro) para limpeza e higienização das casas.

A Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), a Covisa, a Coordenadoria de Atenção à Saúde e Atenção Básica, e as Coordenadorias Regionais de Saúde com 27 UVIS, realizam ações preventivas para Leptospirose em 452 áreas de risco no município, com desratização e colocação de iscas para roedores em bueiros, córregos e terrenos.

Em 2018 foram aplicadas três toneladas e meia de raticidas. Para 2019, as ações de rotina estão programadas para após o período de chuvas para maior efetividade. Em 2018, foram tratados 12.989 bueiros e em 6.105 pontos foi feita a aplicação de isca.

Alerta

A população que teve contato com a água das enchentes deve ficar atenta aos sinais e sintomas e procurar o quanto antes o serviço de saúde, caso apresente febre ou calafrios, diarreia, náuseas ou vômitos, icterícia (olhos e pele amarelados), fezes claras, urina escura, ferimentos, fraqueza e cansaço, falta de apetite e sangramentos. Além disso, é importante relatar ao médico o contato com água da enchente ou lama. A indicação é que as pessoas que estejam com a carteira de vacinação desatualizada procurem a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para colocá-la em dia.

Caso seja inevitável o contato com a água e a lama, utilize botas e luvas. Se não tiver, pode improvisar com sacos plásticos para proteger os pés e as mãos (dois para cada membro), desde que estejam devidamente amarrados, já que o objetivo é evitar o contato da pele com a água contaminada.

Depois que as águas da enchente baixarem, é preciso realizar a limpeza das áreas e dos materiais que entraram em contato com as mesmas. Lave pisos, paredes e bancadas com água e sabão, desinfetando, em seguida, com água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5 %), na proporção de 400 ml (dois copos americanos) desse produto para cada balde com 20 litros de água limpa.

Deixe agir por 30 minutos, sempre se protegendo com luvas, botas de borracha ou sacos plásticos duplos nas mãos e pés.

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