Prefeitura incorpora novos equipamentos para combate à dengue na capital

Armadilhas de autodisseminação de larvicida têm o objetivo de eliminar as larvas do mosquito Aedes aegypti e não permitir que cheguem à fase adulta

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), adquiriu 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicidas, desenvolvidas para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, que serão instaladas a partir desta quarta-feira (12). Com tecnologia e recursos inovadores, o equipamento é uma nova estratégia que se somará às demais do Plano Municipal de Enfrentamento da Dengue e Demais Arboviroses, como os equipamentos de nebulização veicular, visitas casa a casa, entre outras atividades específicas.

As instalações das armadilhas serão feitas pelas equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), que participaram de uma capacitação em 16 de fevereiro e um treinamento prático nos dias 23 e 24 de março.

Inicialmente, os novos equipamentos serão instalados em distritos específicos da cidade com histórico de maior incidência de casos de dengue e distribuídos nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), como Brasilândia, Jardim Ângela, Raposo Tavares, Sacomã, Itaquera e Santa Cecília. Na região do Jardim Ângela, cerca de 100 agentes estão atuando nesta quarta-feira (12) para a implantação das armadilhas.

O prefeito Ricardo Nunes celebrou, em evento realizado hoje (12), a aquisição dos equipamentos. “Nós estamos acrescentando essa tecnologia, que atrai o mosquito fazendo com que ele se contamine com o produto que tem aqui na armadilha, que ficará impregnado nas suas patinhas e será levado aos criadouros para eliminar as larvas. Nós teremos 20 mil dessas armadilhas na cidade de São Paulo que já são utilizadas em diversos países”, disse.

Os equipamentos serão montados para que as fêmeas do Aedes aegypti (responsáveis pela disseminação da doença), após contato com o larvicida das armadilhas, distribuam o produto em seus criadouros a fim de eliminar o mosquito ainda em estado larval, não permitindo que ele se desenvolva para sua fase adulta. O larvicida utilizado nas armadilhas não afeta a saúde humana nem dos animais domésticos e tem liberação da Organização Mundial da Saúde (OMS), além de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“O uso de armadilhas disseminadoras de larvicidas como método de supressão de mosquitos é uma tecnologia inovadora no mundo e vem ampliar a capacidade de combate ao mosquito, que já ocorre rotineiramente na cidade de São Paulo. Esse é mais um esforço da prefeitura para diminuir o número de casos de dengue", afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Em 2023, até o momento, foram realizadas 1.379.513 ações de prevenção ao mosquito Aedes aegypti na cidade de São Paulo. Ao todo, foram 327.852 visitas casa a casa (entre rotina e intensificação), além de 13.004 vistorias a imóveis especiais e pontos estratégicos, 1.006.666 ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, entre outras atividades específicas. Em 2022, foram realizadas cerca de 5 milhões de ações.