Jane celebra com a equipe da UBS Boracea a vitória contra a sífilis congênita na região central

A profissional reforça que é importante um bom trabalho de supervisão, atenção no monitoramento dos dados e o engajamento de toda a equipe de saúde para o alcance do resultado positivo

Em 2023, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) premiou 16 Supervisões Técnicas de Saúde (STSs) e a Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul, Centro e Oeste com o Selo de boas práticas no enfrentamento da sífilis congênita. Era o primeiro ano da enfermeira Jane Sousa Santos como responsável técnica da Unidade Básica de Saúde (UBS) Boracea, quando a STS Santa Cecília - a qual a unidade pertence - foi agraciada com o selo ouro. “Você saber que fez um acompanhamento eficaz e que não nasceu nenhuma criança dentro do território com sífilis congênita, é uma vitória para a equipe inteira”, celebra.

Na imagem, Jane está sorrindo para a foto. Ela usa jaleco branco e está no ambiente hospitalar, desfocado ao fundo

A profissional trabalha na atenção básica há 20 anos (Foto: divulgação/SMS)

A profissional trabalha na atenção básica há 20 anos. Iniciou como auxiliar de enfermagem, depois fez a graduação e pós-graduação em enfermagem. Atuou durante 15 anos na região do Morumbi, zona sul da cidade, e há três está na central. As demandas são diferentes e variam de um território para outro, cada um com seus desafios, o que, para ela “é ótimo para agregar conhecimento e experiência. O Sistema Único de Saúde (SUS) é a base de toda minha trajetória profissional, onde iniciei a carreira como auxiliar de enfermagem, fiz faculdade e especialização em Estratégia Saúde da Família (ESF). Eu me sinto privilegiada em fazer parte de um sistema onde começa todo o cuidado voltado para a prevenção e promoção da saúde”, diz.

Trabalho em equipe

Atualmente, a UBS tem 180 gestantes em acompanhamento. Para garantir o selo ouro, as UBSs precisam obedecer aos seguintes critérios: certificar-se do comparecimento a, pelo menos, sete consultas do pré-natal; realizar todos os testes e exames exigidos no período, sobretudo os referentes à sífilis; no caso de infecção pela bactéria, assegurar que as doses de penicilina benzatina sejam administradas corretamente e no intervalo adequado, tanto à pessoa gestante quanto a sua parceria sexual e, no pós-parto, acompanhar a criança de acordo com o protocolo do município.

Na imagem, Jane discute casos com o parceiro de trabalho e apoiador da UBS, Robson Oliveira. Eles estão sentados em uma sala analisando conteúdo de uma pasta

Jane discute estratégias de trabalho com o apoiador da UBS, Robson Oliveira (Foto: divulgação/SMS)

Como relata Jane, não tem muito segredo para ganhar o selo ouro a não ser apostar no trabalho articulado de toda a equipe. “É importante um bom trabalho de supervisão, atenção no monitoramento dos dados e o engajamento de toda a equipe de saúde”, explica. A consulta médica, segundo Jane, incentivada pela busca ativa feita que atua na base da ESF, é de fato estratégica. A pessoa gestante é abordada de forma muito cuidadosa pela equipe de enfermagem e multidisciplinar. Quando há dificuldade em leva-la ou o parceiro para o tratamento contra a sífilis, as equipes ofertam, inclusive, horários diferentes para cada um deles. Os pacientes podem também participar de grupo de gestantes, planejamento familiar, nutrição, que ajudam à adesão ao tratamento.

Q+

Jane era aluna de ioga e decidiu fazer um curso de formação na Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sul. Ela conta que pratica todos os dias para relaxar e, ao estender o tapete, a cachorrinha Minnie, da raça yorkshire terrier, vem fazer companhia à dona. “Faz parte da minha rotina: chego em casa, tomo banho e faço ioga, porque é o que me permite relaxar e dormir melhor. Também gosto de meditar, praticar mantras.”