Veja onde fazer testagem para ISTs na capital

Nos equipamentos da rede municipal, cidadãos podem realizar testes convencionais e rápidos, além de iniciar profilaxias de prevenção ao HIV, retirar preservativos, entre outros serviços

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ocorrem por relação sexual desprotegida (oral, vaginal ou anal) com uma pessoa infectada, ou da pessoa gestante para a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Muitas dessas IST são silenciosas e a pessoa pode não perceber os sintomas. Por isso, a prevenção e testagem regular são fundamentais.

Na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde disponibiliza gratuitamente testes convencionais, testes rápidos e até autotestes para IST como HIV/Aids, sífilis e hepatites B e C.

Confira abaixo onde fazer a testagem na capital

Testes convencionais: os testes de HIV, da sífilis e das hepatites B e C estão disponíveis nas 471 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital, além dos 28 serviços da Rede Municipal Especializada (RME) em IST/Aids. As UBS e unidades das RME também realizam o diagnóstico e tratamento de outras ISTs.

Testes rápidos

Além das unidades citadas acina, na unidade móvel CTA da Cidade, projeto da Coordenadoria de IST/Aids da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), também é possível fazer testagem rápida gratuita para HIV, sífilis, hepatites B e C, e iniciar o uso da profilaxia pré-exposição ou pós-exposição (PrEP/PEP) ao HIV. O CTA da Cidade é itinerante, deslocando-se a regiões de maior vulnerabilidade na cidade de quinta a sábado.

Veja os endereços dos equipamentos voltados a IST/Aids na rede municipal.

A localização das UBS e demais equipamentos de saúde pode ser consultada na plataforma Busca Saúde.

Confira a agenda dos serviços nas redes sociais da Coordenadoria de IST/Aids.

Saiba mais sobre as principais ISTs

HIV
HIV é a sigla em inglês para vírus da imunodeficiência humana. A Aids é a Síndrome da Imunodeficiência Humana, transmitida pelo vírus HIV, caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas. A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com pessoas vivendo com HIV e/ou Aids que não estão em tratamento ou mantém a carga viral detectável, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de pessoa gestante para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção.

Sífilis
Infecção causada por bactéria que inicialmente pode provocar ferida indolor nos genitais (pênis, vagina, ânus) e boca e que, se não for tratada, pode se agravar. A transmissão da se dá durante a relação sexual desprotegida com pessoa infectada ou da pessoa gestante para a criança durante a gestação ou parto (transmissão vertical).

Gonorreia
Trata-se de uma bactéria que afeta genitais, garganta e olhos, provoca corrimento uretral amarelado, purulento e com ardor ao urinar; corrimento vaginal, dor nas relações sexuais, porém pode permanecer de forma assintomática quando atinge a cavidade anal ou orofaringe. Quando não tratada, pode causar dor pélvica crônica, dores nas relações sexuais, infertilidade ou gravidez nas trompas.

Hepatites B e C
Doenças transmitidas por vírus que podem provocar danos irreversíveis ao fígado. O contágio da hepatite B é pelo sexo, uso de álcool e outras drogas injetáveis (compartilhamento de seringas contaminadas), profissão de risco ou pequenos cortes provocados por objetos perfurocortantes. Já a hepatite C é transmitida quando há alguma perfuração na pele e contato com o material contaminado, podendo ser sexualmente transmissível, numa escala menor.

Tricomoníase
A infecção é causada por protozoário. Seus sintomas são corrimento vaginal amarelo-esverdeado, odor forte, dor durante a relação sexual, ardência, dificuldade para urinar e coceira nos órgãos sexuais. Nos homens pode ser assintomático. O contágio se dá durante a relação sexual desprotegida com pessoa infectada, por isso, o uso de camisinha nas relações sexuais é a melhor medida de prevenção.

Clamídia
A clamídia é uma bactéria que pode atingir os órgãos genitais, a boca, garganta e os olhos. Esta infecção, que muitas vezes avança sem sintomas (principalmente quando atinge a região anal ou orofaringe), pode provocar dores ao urinar e nas relações sexuais, corrimento uretral no homem, corrimento vaginal e até doença inflamatória pélvica (DIP) caso não seja tratada precocemente (as mulheres podem não apresentar sintomas em 70% dos casos). Quando não tratada também pode causar infertilidade e gravidez ectópica.

Herpes Genital
Causado por vírus e pode acarretar lesões, que iniciam com pequenas vesículas (bolhas), que ao se romperem formam feridas dolorosas. É mais frequente na região labial (Herpes tipo 1) e nos genitais (pênis, vagina, vulva, ânus - herpes tipo 2). Não existe cura para herpes, mas há tratamento para as lesões.

HPV
O papilomavírus humano (HPV) é uma infecção sexualmente transmissível que pode causar verrugas e outras manifestações nos órgãos genitais masculino e feminino. O vírus pode provocar lesões graves e desencadear cânceres de colo do útero, vagina, ânus, vulva, pênis e orofaringe. Além da distribuição gratuita dos preservativos como método de barreira, a rede municipal de saúde, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza a vacina contra o vírus HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias); homens e mulheres transplantados; pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, o esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de seis meses entre as doses, de nove a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) para meninas e meninos. Para grupos com condições clínicas especiais, pessoas de nove a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos, imunossuprimidos por doenças e/ou tratamento com drogas imunossupressoras: administrar três doses da vacina com intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e seis meses entre a primeira e terceira dose (zero, dois e seis meses). Para a vacinação deste grupo, mantém-se a necessidade de prescrição médica.
 

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