Saúde implanta seis novas Unidades Sentinelas que identificam doenças respiratórias

Ao todo são 13 unidades que monitoram a saúde dos paulistanos; população pode denunciar emissão de poluentes atmosféricos

O Programa de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionado a Populações Expostas à Poluição do Ar do Município de São Paulo (Vigiar), da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS), coloca em funcionamento a partir desta terça-feira (1º) seis novas Unidades Sentinelas (USs) na capital. Agora a cidade soma, no total, 13 equipamentos desse tipo, localizados nas regiões centro, oeste, sul, sudeste e leste. Foram atendidas, desde janeiro de 2016 até 1º de outubro deste ano, nas sete USs que já estavam em operação, 10.514 crianças menores de cinco anos de idade, população monitorada pelas USs por ser a faixa etária que sofre maior impacto da poluição atmosférica.

As Unidades Sentinelas estão instaladas em Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), selecionadas de acordo com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS) como, por exemplo, a proximidade com as fontes poluidoras fixas (indústrias e estabelecimentos) e móveis (frota veicular). No município de São Paulo, o trabalho nas AMAs e UBSs é realizado de forma integrada com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) e Unidades de Vigilância em Saúde (Uvis), totalizando 55 profissionais envolvidos, com equipes multidisciplinares formadas por trabalhadores da enfermagem e técnicos da Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental (Dvisam).

De acordo com Magali Antonia Batista, diretora da Dvisam, a seleção começa na entrada dos pacientes pediátricos na unidade de saúde. “Assim que eles chegam, os profissionais de saúde identificam sintomas como tosse, falta de ar e chiado no peito. Com isso, o médico já recebe uma ficha do programa para que alguns dados, como o local onde a criança passa a maior parte do tempo, sejam coletados e, a partir daí, fazemos um mapa de geolocalização. Em nosso banco de dados, cruzamos as informações e percebemos se há, naquela região, mais casos parecidos, determinando qual pode ser o causador. Geralmente são empresas como, por exemplo, uma pedreira, que precisa se adequar às normas ambientais. Então, nesse caso, notificamos a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo [Cetesb]”, explica.

Para denúncias relacionadas à emissão de poluentes atmosféricos, que estejam causando problemas à saúde, a população possui acesso aos canais de atendimento no Portal 156 e Ouvidor SUS.

O Programa Vigiar realiza a identificação de fontes poluidoras no território. De janeiro de 2016 ao dia 1º deste mês, foram identificadas pelas Uvis 2.674 fontes fixas, entre elas o serviço de funilaria e pintura representa o maior número, com 932 estabelecimentos.

Unidades Sentinelas do Programa Vigiar

CRS Norte
UBS Jardim das Pedras (rua Clóvis Salgado, 220, Jardim das Pedras)
UBS Jardim Julieta (rua Balthazar Fidelis, 264, Jardim Guanca)

CRS Centro
AMA/UBS Sé (rua Frederico Alvarenga, 259, Sé)
AMA Boracea (rua Dr. Ribeiro de Almeida, 14, Barra Funda)

CRS Oeste
AMA/UBS Vila Nova Jaguaré (rua Salatiel de Campos, 222, )
AMA/UBS Vila Sônia (rua Abrão Calil Rezek, 91, Vila Sônia)

CRS Sul
AMA/UBS Jardim Miriam I – Manoel Soares de Oliveira (av. Santo Afonso, 419, Jardim Miriam)
AMA/UBS Capão Redondo (av. Comendador Sant'Anna, 774, Jardim Boa Esperança)

CRS Sudeste
AMA/UBS Jardim Grimaldi (rua Pedro de Castro Velho, 525, Jardim Iva)
AMA/UBS São Vicente de Paula (rua Vicente da Costa, 289, Ipiranga)

CRS Leste
UBS Inácio Monteiro (rua Inácio Monteiro, 3.002 Cidade Tiradentes)
AMA/UBS Parque Paulistano (rua Silveira Pires, 265, Parque Paulistano)
AMA/UBS Jardim São Francisco II (rua Bandeira de Aracambi, 704, Jardim Rodolfo Pirani)