Ivete fez da vacinação uma especialidade e um propósito do trabalho no SUS da capital

Interlocutora de imunização na Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste, Ivete Favaron é uma apaixonada pelo assunto

Quando a pandemia de Covid-19 chegou, o que mais as pessoas desejavam era a descoberta o quanto antes da vacina para conter internações e mortes causadas pela doença respiratória. Entre um passado de doenças controladas, no Brasil e no mundo, e um presente no qual discursos antivacina, que antes se restringiam a grupos fechados, se proliferaram tanto quanto o vírus, a ciência prevaleceu em favor da vida na mais severa crise sanitária dos últimos tempos.

“A vacinação é uma das partes mais importantes que compõem um sistema de saúde”, comemora a interlocutora de imunização na Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) Sudeste, Ivete Favaron. Apaixonada pelo assunto, na rotina de trabalho há 16 anos, a enfermeira defende e propaga a importância das vacinas como prioridade no enfrentamento das epidemias.

Foto de uma mulher vestindo jaleco branco e máscara de proteção branca. Ela está segurando nas mãos uma seringa e um frasco de vacina.

Ivete faz o manejo de uma dose de vacina (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 57 anos de idade e com uma história de dedicação ao que acredita, a enfermeira entrou para a prefeitura em 1985, pela Atenção Primária da Saúde. “Eu me sinto muito grata por trabalhar no programa de imunização [Programa Municipal de Imunizações]. O ato de vacinar é proteger as pessoas.”

Nessa trajetória, a profissional atuou em diferentes Unidades Básicas de Saúde (UBSs). A primeira unidade foi a Milton Aldred, onde ficou até 1996. Em 2005, Ivete passou para a área administrativa e foi trabalhar na CRS Sudeste já como interlocutora de imunização. O conhecimento técnico sobre o assunto fez dela uma referência não somente para a equipe com a qual trabalha, como para a rede municipal.

Foto de uma família. O pai e a mãe estão no meio de dois filhos jovens. Atrás deles, está um lago.

A enfermeira antes da pandemia, com o marido Milton e os filhos Gabriel e Vinicius (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente, está mais dedicada à administração das salas de vacina e aos treinamentos para profissionais de saúde. Segundo Ivete, em campanhas como a de vacinação contra a Covid-19 e a febre amarela, as capacitações são necessárias para garantir o sucesso de todo o processo, tanto na parte prática da aplicação das doses quanto no domínio da informação correta a ser passada para a população a fim de obter o melhor resultado possível na cobertura vacinal.

“Um desafio muito grande da área de imunização nesses últimos anos foram os grupos antivacina. Nós tivemos que treinar os profissionais de saúde para saber lidar com esse tipo de situação, munidos de muito conhecimento e expertise para combater todo tipo de desinformação sobre vacina. Na época da campanha contra a febre amarela, nós também tivemos problemas com a influência das fake news. Muitas pessoas se recusavam a tomar a dose contra a arbovirose por medo e tivemos que fazer um trabalho intenso de busca ativa de quem não comparecia aos postos. Tínhamos de alcançar a meta de vacinação na cidade”, relembra.

Esse trabalho que envolve a educação sobre saúde motiva a enfermeira a se especializar, até tornar-se uma orientadora e chegar mais perto do propósito na carreira. “Fazer algo que influencie muito no sucesso das campanhas de vacinação na capital é o que eu quero”, afirma a profissional que nem pensa em se aposentar. “Depois que a campanha contra a Covid-19 começou, me senti mais entusiasmada do que nunca. Quero estar até o final dessa luta na cidade e poder finalizar a campanha de vacinação, até que a última pessoa esteja protegida.”

Em uma sala cheia de computadores estão cinco mulheres e dois homens. Todos usam máscara de proteção.

Com a equipe de imunização da Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste (Foto: Arquivo Pessoal)

Mais feliz
Ivete, nascida em São Paulo, é muito próxima da família e aprecia todos os momentos com o marido Milton e os dois filhos, Gabriel e Vinicius. Estar com eles em viagens, caminhadas, vendo filmes ou batendo um bom papo é o que mais a deixa feliz. Durante a pandemia, com o aumento da carga de trabalho, a enfermeira se conectou mais ainda com a família, que a apoia constantemente, com consciência sobre a importância do trabalho dela.

Para conhecer mais sobre os protagonistas dessas histórias inspiradoras no SUS da cidade de São Paulo, uma versão em vídeo está publicada no canal da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), no YouTube. Nesta edição, saiba um pouco mais sobre a Ivete.