Saiba a importância de receber a dose adicional da vacina antiCovid

Algumas pessoas precisam da dose de reforço para garantir a proteção

 A cidade de São Paulo já iniciou a aplicação da dose adicional da vacina contra Covid-19, recomendada para garantir uma maior proteção aos grupos que possuem a imunidade naturalmente mais vulnerável, como os idosos e imunossuprimidos.

Médica na coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Melissa Palmieri explica que apenas algumas pessoas têm a necessidade de receber a dose de reforço do imunizante, orientação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Verificou-se, em alguns estudos, especialmente em pessoas acima de 70 anos, uma queda de resposta nos anticorpos após seis meses de vacinados", conta a especialista em medicina preventiva.
Isso ocorre porque cada pessoa responde de uma forma à vacinação e essa resposta depende de uma série de fatores, como a idade, o estado do sistema imunológico, o avanço de alguma outra doença e até mesmo a realização de tratamentos médicos.

Na capital, para garantir mais segurança aos idosos, a vacinação adicional será feita a partir dos 60 anos. "Foi orientado que fossem realizados esses reforços nesse grupo que nós sabemos que são os mais vulneráveis perante o vírus, especialmente em um cenário desafiador ainda com alta circulação do vírus e, no caso do Brasil, uma alta ocorrência de variante delta", complementa Melissa Palmieiri, que também é diretora da regional paulista da Sociedade Brasileira de Imunizações.

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Imunossupressão
Além dos idosos, também devem receber a dose adicional da vacina as pessoas com mais de 18 anos que tenham alto grau de imunossupressão. Ou seja, pessoas que possuem alguma imunodeficiência primária grave, realizam quimioterapia para câncer, têm transplante de órgão sólido ou de células-tronco hematopoiéticas, pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise), pessoas vivendo com HIV, entre outras. Todas as categorias deste grupo podem ser consultadas neste documento.

A médica Melissa ainda ressalta que a dose adicional só deve ser aplicada após o esquema vacinal da pessoa ter sido concluído. "Quando falamos de reforço para o sistema imune, é necessário que você tenha cumprido o esquema primário", diz. No caso da AstraZeneca e Pfizer, são duas doses para garantir a proteção; apenas a vacina da Janssen tem dose única.

Para os idosos, é necessário ter recebido a segunda dose ou dose única há pelo menos seis meses para tomar a dose de reforço. Já no caso das pessoas com alto grau de imunossupressão, o prazo é de pelo menos 28 dias.

Saiba mais sobre a dose adicional neste episódio do programa Ativa Idade, do canal de YouTube da Secretaria Municipal da Saúde (SMS):