Prefeitura abrirá 192 novos leitos para pacientes com covid-19

Com a queda na taxa de ocupação de leitos, Hospital Municipal de Campanha do Anhembi terá uma de suas alas fechadas

A Prefeitura de São Paulo irá abrir 192 novos leitos para pacientes com covid-19 nos hospitais da Brasilândia, na Zona Norte, e Sorocabana, na Zona Oeste da capital. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Covas em coletiva on-line na manhã desta quinta-feira (16/07) e também prevê o fechamento de uma das alas disponíveis para atendimento de pacientes com covid-19 no Hospital Municipal de Campanha do Anhembi, a partir de 1º de agosto. A medida foi possível após os indicadores da capital apontarem a redução do número de casos na cidade.


Atualmente, o Hospital de Campanha do Anhembi tem 807 leitos de enfermaria e 64 leitos de estabilização sendo utilizados e uma outra área com mais 929 leitos para contingência que nunca foram utilizados.
“Nós nunca tivemos custeio pago nessa ala de 929 leitos, mas, desde o início da pandemia, nós tínhamos a tranquilidade de garantir que todo mundo tivesse atendimento na cidade. Do total de 1.800 leitos, nós temos utilizado 871 leitos no Anhembi”, explicou o prefeito Bruno Covas.


Graças à estabilização da doença e com os números positivos que a cidade tem apresentado com a diminuição do número de casos, internações e mortes, a Prefeitura de São Paulo irá fechar uma ala do Anhembi a partir do dia 1º de agosto.
“Vamos reduzir a área em que nós tínhamos 871 leitos e passar a utilizar 310 leitos. Serão menos 561 leitos, o que deve gerar uma economia mensal, em agosto, de R$ 19 milhões. O Hospital do Anhembi, que tem um custeio mensal de R$ 28 milhões passará a ter um custeio mensal de R$ 9 milhões com essa economia”, disse o prefeito.


Com o fechamento dessa ala provisória, a Prefeitura de São Paulo irá abrir 192 novos leitos em hospitais permanentes da cidade. O Hospital da Brasilândia, na Zona Norte, irá abrir o quarto e o quinto piso, com mais 132 leitos de enfermaria permanentes.


Segundo o prefeito Bruno Covas, grande parte dos equipamentos utilizados no Anhembi serão transferidos para o Hospital da Brasilândia. “Dois terços dos funcionários que hoje estão no Hospital de Campanha do Anhembi, na ala que será desativada, serão reaproveitados no Hospital da Brasilândia, nesses dois andares que serão abertos no início de agosto. O custeio mensal será de R$ 4,75 milhões”, afirmou.


No dia 1º de agosto também haverá a abertura dos primeiros 36 leitos, de um total e 60, no Hospital Sorocabana, na Lapa, Zona Oeste. No local, a Prefeitura investiu R$ 907 mil com reformas e R$ 740 mil com equipamentos. Os 60 leitos terão um custeio mensal de R$ 3 milhões.

“Será mais um hospital reaberto na cidade. Um hospital que era privado e que agora será assumido pela Prefeitura de São Paulo e com um andar reaberto a partir do dia 1º de agosto”, finalizou o prefeito Bruno Covas.

Prefeitura já criou mais de 2.800 leitos desde o início da pandemia

A Prefeitura de São Paulo já criou 2.886 novos leitos, dos quais 1.340 são de UTI e 1.546 de enfermaria, desde o início da pandemia do novo coronavírus. O balanço de ações de saúde para combate ao covid-19 foi apresentado pelo prefeito Bruno Covas na manhã desta quinta-feira (16/07).


Durante o período de pandemia, oito novos hospitais foram implementados na capital, sendo dois provisórios (Hospitais de Campanha do Anhembi e do Pacaembu) e seis permanentes (Parelheiros, Brasilândia, Bela Vista, Cruz Vermelha, Capela do Socorro e Guarapiranga).


Com isso, a rede pública municipal de Saúde recebeu um acréscimo de 1.340 novos leitos de UTI aos 507 que existiam na cidade. Outros 1.546 leitos de enfermaria também foram implementados.


Com o aumento da capacidade de atendimento, 9.119 nos profissionais foram contratados na área da saúde. “A cidade tinha algo em torno de 80 mil profissionais e tem hoje algo em torno de 90 mil”, explicou o prefeito Bruno Covas.


Desde o início da pandemia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já abordou 1,63 milhão de pessoas, mais de 11.500 ações foram realizadas em comunidades. Hoje, a SMS monitora 262 mil pessoas e já registrou mais de 200 mil altas.
Inquérito Sorológico


Na fase 1 (segunda onda), a proposta é ampliar o teste sorológico nos contatos domiciliares dos casos assintomáticos de casos suspeitos para covid-19 em 14 regiões, seguindo os critérios de elegibilidade (Brasilândia, Cachoeirinha, Jaçanã, Liberdade, Santa Cecília, Cidade Ademar, Jardim São Luís, Campo Limpo, Capão Redondo, Parque São Lucas, Sapopemba, Itaim Paulista, Itaquera e Lajeado), para promover o isolamento daqueles que tiveram contato com o vírus, mas não tem sintomas e podem transmiti-lo.


A medida terá impacto importante no controle da disseminação da doença nas áreas mais vulneráveis, dando equidade a atenção à saúde. Essas áreas serão atualizadas quinzenalmente, de acordo com cada fase do inquérito. 


“Nesta nova fase nós vamos iniciar a testagem dos contactantes, de todos aqueles que estiverem sintomáticos e todos que testarem positivo. Vamos fazer um acompanhamento e uma busca direta nesses 14 distritos de maior prevalência”, explicou o prefeito Bruno Covas.

Ampliação da testagem

A Prefeitura de São Paulo já realizou mais de 523 mil testes. Desde a última segunda-feira (13/07), a administração municipal passou a fazer mais 242 mil testes mensais.


“No período de um mês nós vamos fazer 50% de tudo aquilo que já foi feito na cidade desde o início da pandemia”, explicou o prefeito Bruno Covas.

Taxa de ocupação de leitos está em queda

Desde o dia 31 de maio, a capital paulista está abaixo dos 70% e desde o dia 22 de junho está abaixo dos 60%. A taxa média de ocupação dos leitos de UTI nos últimos 10 dias é de 54,7%.


Já nos leitos de enfermaria, desde o dia 6 de junho a capital paulista registra índices de ocupação abaixo dos 60%. Desde 21 junho, os índices caíram ainda mais, com registros abaixo dos 50%. A média nos últimos 10 dias é de 44,3%.