CRS Sudeste realiza Oficina das Redes de Atenção à Saúde (RAS)

Evento reuniu 120 participantes em torno do debate sobre a reorganização das Redes de Atenção à Saúde – RAS

Por Rosângela Rosendo

No dia 05 de outubro, a Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste promoveu a Oficina das Redes de Atenção à Saúde (RAS) Sudeste, numa iniciativa de apoiar a discussão da reorganização das RAS na cidade de São Paulo. A atividade foi organizada pelo gabinete da CRS Sudeste, Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde – Regional Sudeste, Supervisões Técnicas de Saúde da região (Penha, Ipiranga, Vila Mariana/Jabaquara, Vila Prudente/Sapopemba, Aricanduva/Mooca), juntamente com as Organizações Sociais de Saúde SPDM-PAIS e Seconci-SAS.

A oficina ocorreu no Centro Universitário São Camilo e reuniu 120 pessoas. Participaram profissionais do Gabinete da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Áreas Técnicas da CRS, das STS, das Supervisões de Vigilância em Saúde (SUVIS), do Centro de Desenvolvimento, Ensino e Pesquisa em Saúde – Regional Sudeste, gerentes de unidades de saúde ESF (Estratégia Saúde da Família) e Tradicionais, COAPES (Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde), além de representantes dos Conselhos Gestores de Saúde, hospitais municipais e estaduais da região, e do CARS (Centro de Apoio Regional a Saúde) Sudeste.

Durante a abertura do evento, o coordenador da Sudeste, José Roberto Abdalla, saudou os participantes e, em seguida, fez o resgate do histórico das oficinas realizadas na região que focaram a construção da rede, por meio do fortalecimento da Atenção Básica, curso de apoio institucional e oficina de acolhimento e acesso. “A oficina de RAS integra o processo de reestruturação de toda a rede com a equipe da coordenadoria, população e outros entes. Foi um momento importante para esclarecimentos e engajamento dos profissionais, em parceria com os conselheiros gestores de saúde e usuários, o que ajudou no trabalho de valorização das unidades, como de fato devem ser valorizadas”, avalia o coordenador.

Posteriormente, Maria da Gloria Zenha Wieliczaka, secretária adjunta da SMS, proferiu uma Aula Magna em que destacou as Diretrizes das Redes de Atenção à Saúde e quais objetivos do processo desta organização. De acordo com ela, ainda que sejam determinadas normas, estratégias e linhas de ação, é fundamental considerar as características de cada região, supervisão, unidade para alcançar a reorganização efetiva.

Grupos de trabalho

Ainda na parte da manhã, após as apresentações, os participantes da Oficina se dividiram em quatro grupos aleatórios para discussão sobre o alinhamento conceitual de alguns princípios e diretrizes para o processo de reorganização das RAS. A partir de dados de duas unidades (ESF e EAB) e dos conceitos-chave do SUS (Acesso/Equidade; Integralidade/Hierarquização; Território e Necessidades de Saúde/Participação Social; e Atenção Básica como Coordenadora do Cuidado e Ordenadora da Rede/Resolutividade), cada grupo teve de relacionar os princípios do SUS com as informações de uma unidade selecionada.

Já no período da tarde, a dinâmica envolveu a formação de grupos por território de saúde que tinham a tarefa de analisar os principais problemas de uma unidade e quais intervenções cabíveis para organizar o serviço no âmbito da UBS. A proposta era de que cada roda de conversa regional refletisse sobre a necessidade do respectivo território e capacidade de serviços com relação à agenda, ao acolhimento e ao atendimento de demanda espontânea, metas, entre outros fatores. Ao final da dinâmica, houve exposição de cada grupo com destaque para o perfil, a capacidade instalada e as potencialidades da unidade avaliada, bem como as fragilidades e as ações para fortalecer o serviço.

Para Sandra Regina Araújo Gonzaga Brandão Tavares, coordenadora adjunta da Sudeste, a oficina foi um momento extremante importante do processo de reorganização das Redes na região e tem contribuído com o resgate do perfil de trabalho de cada serviço. “Na verdade serviu para instrumentalizar e mobilizar o território nesse processo e, principalmente, para que cada unidade se aproprie disso. Foi importante para nos prepararmos e garantirmos uma metodologia de trabalho com dados e ações e, desta forma, propiciarmos às equipes das unidades e aos conselheiros as condições necessárias para executarem esse movimento na ponta”, analisa Sandra ao comentar que os participantes saíram bastante motivados da oficina e o trabalho terá continuidade ainda este mês nas cinco Supervisões.