Alunos do grupo de artesanato da UBS República encaram desafio em prol de pacientes oncológicos

Profissionais da saúde e usuários da unidade que participam das oficinas de artesanato confeccionaram 100 redes em crochê para traqueostomizados assistidos pela ONG Grupo de Apoio Amor Rosa

Grupo de artesanato em frente à UBS República

 

Por Nilson Hernandes

 

O sentimento de amor ao próximo motivou os participantes do grupo de artesanato da Unidade Básica de Saúde (UBS) República, gerenciada pelo Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (IABAS) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a produzir 100 redes em crochê para pacientes submetidos à traqueostomia assistidos pelo Grupo de Apoio Amor Rosa, que apoia e ajuda pacientes oncológicos que passam por tratamento em cinco hospitais da Capital.

O ponto de partida para a produção do material surgiu por meio da enfermeira Tatiane Almeida, que conhece o trabalho do grupo de artesanato desde sua formação, há três anos. “Conheço o pessoal do artesanato e como sei da necessidade da ONG propus o desafio, que de pronto foi aceito”.

No ato da entrega, a idealizadora do Grupo Amor Rosa, Ana Maria Obranovich Rosa, agradeceu o apoio e fez questão de dizer aos alunos e profissionais presentes que seu trabalho à frente da entidade se baseia em três pilares: amor, acolhimento e dedicação. “Encaro há 25 anos esse trabalho com os pacientes oncológicos. Necessitamos muitos de doações, como essa feita hoje por vocês”.

Reciclar é promover consciência ambiental e arte

Artesãs mostram trabalhos feitos na oficina

Os usuários do serviço de saúde que participam das oficinas de artesanato da UBS República se reúnem há três anos, sempre às sextas-feiras no período da tarde, para transformar em arte materiais recicláveis recolhidos por eles próprios.

Para a artesã voluntária Eugenice Souza Fernandes não é difícil conscientizar as pessoas, uma vez que os materiais utilizados nas aulas são descartados todos os dias.

“A conscientização ambiental passa, por exemplo, pelo uso adequado desses materiais transformados em arte. Com isso, evitamos o descarte inadequado que contribui com a contaminação do solo”, enfatizou a artesã.

Já para a agente de promoção ambiental (APA) do Programa Ambientes Verdes e Saudáveis (PAVS) da UBS República, Aline Gil Zappia Queiroz, a simples participação dos alunos no grupo de artesanato fez com que enxergassem uma utilidade inimaginável, até então, para os materiais recicláveis. “Não falta material nas aulas, pois todos começaram a guardá-los em casa”.

Segundo Helio Francisco dos Santos, gestor do PAVS, “o resgate do senso de comunidade é o primeiro passo para que as pessoas passem a incorporar as práticas ambientalmente responsáveis no seu dia a dia, contribuindo com o bem comum”.