Por Taynara Carmo

Destinado à formação de profissionais de saúde e de lideranças comunitárias, o Curso de Aperfeiçoamento em Educação Popular em Saúde (EdPopSUS) é coordenado no Estado de São Paulo pela Escola Municipal de Saúde da Secretaria de Saúde da cidade de São Paulo. O objetivo é otimizar a atuação dos profissionais de saúde na promoção dos direitos da população nessa área.

A primeira edição ocorreu na modalidade de Educação a Distância (EaD), em 2013. Dessa vez, o ensinamento ocorre na modalidade presencial e na categoria de aperfeiçoamento: são 160 horas de aprendizado através de aulas teóricas e trabalho de campo.

O curso é ministrado em 13 estados brasileiros: Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

As aulas tiveram início em 9 de dezembro de 2016 e prosseguirão até 10 de maio de 2017. Ao todo, no estado, são seis turmas de educandos, divididos da seguinte maneira: 35 vagas para cada região do município de São Paulo (Leste, Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste) e outras 35 vagas destinadas ao Município de São Carlos, totalizando 210 vagas.

Região Sul

A região Sul teve 35 inscritos, entre agentes comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, participantes de movimentos populares, agentes de controle endemias e residentes médicos dos distritos de saúde da Coordenadoria Regional de Saúde Sul. Rafaela Camargo Baldo e Merice Andrade de Quadros são as educadoras da região.

Detalhes sobre o curso

Rafaela explica qual o objetivo do curso: “O intuito é melhorar a atuação dos profissionais de saúde nos processos de conquista de direitos da população e no fortalecimento da participação social nesse âmbito”. Dessa maneira, também pretende-se contribuir para a implantação da Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEPS-SUS), ao promover, através da educação, a qualificação de profissionais e lideranças comunitárias que atuam em territórios com cobertura da Atenção Básica do SUS.

Cada encontro presencial dura oito horas - duas são destinadas para a realização de trabalho em campo. Os educandos devem cumprir a carga horária de 24 horas de trabalho em campo.

A metodologia utilizada é a participativa, na qual os temas debatidos são consolidados durante todo o percurso, e as vivências dos participantes são problematizadas possibilitando um processo de diálogo e produção dinâmica de saberes. “O próprio curso deverá ser um espaço para vivenciar a educação popular e uma experiência de gestão compartilhada entre educandos e educadores”, contou Rafaela.

O curso é uma iniciativa do Ministério da Saúde viabilizado pela Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio, Fundação Oswaldo Cruz e Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/FIOCRUZ).