Mutirão em M’boi Mirim castra 140 animais

Esterilização cirúrgica é gratuita e garante vários benefícios para a saúde do animal

 

Por Taynara Carmo


O primeiro dia de mutirão de castração realizado nas dependências do Centro de Educação Infantil (CEI) Vila Calu, na região do M’boi Mirim, atendeu 140 animais, entre cães e gatos, no dia 17 de janeiro.

Ao longo deste mês, a Prefeitura de São Paulo realizará, no total, 11 mutirões de castração em toda a cidade.

Os animais castrados em mutirões da Prefeitura recebem um microchip implantado na nuca e o número de Registro Geral do Animal (RGA), para facilitar sua identificação caso se perca do dono. A esterilização não tem custo nenhum para o munícipe, além de contribuir no controle de animais em situação de rua e nas crias indesejadas, diminuindo os casos de abandono.

A cuidadora de animais e moradora do Jardim Horizonte Azul, Leda Mara, possui seis cães e nove gatos adotados. Leda levou sua cadela, Angel, para castrar no mutirão após descobrir uma alergia semelhante à sarna. “A veterinária disse que a castração vai controlar a alergia”, contou. Leda, que adora animais, já castrou até animais de outras pessoas, assim como os que encontra na rua. “Eu vejo sofrendo na rua e já levo para castrar. Tudo por amor ao animal”.

Benefícios da castração

A veterinária Eliana Bussotti, da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), conta quais são os benefícios da castração na vida de cães e gatos. “A castração aumenta a qualidade de vida do animal. Ele vive mais e fica menos propício a pegar doenças. Fica mais tranquilo, e, para os machos, faz com que eles parem de demarcar território com a urina”.

As fêmeas podem desenvolver doenças ligadas aos hormônios ovarianos como infecção uterina e tumores de mama. A castração diminui a chances quase nulas de que essas fêmeas contraiam essas doenças, além de acabar com os cios.

Cuidados que devem ser tomados após a castração

Após a castração, os animais devem ficar o primeiro dia sem fazer esforço físico. Para os mais agitados, o cuidado deve ser redobrado para que não abusem de movimentos bruscos e abram o ponto. O ideal é que os donos coloquem um colar no animal evitando que ele mexa no curativo.

Eliana também falou sobre outros cuidados que devem ser tomados pelas famílias. “Depois que castra, as famílias são orientadas no pós-operatório sobre os cuidados. Os donos devem cuidar do curativo e tomar cuidado para que o animal não lamba a ferida cirúrgica para não arrancar o ponto”.