Quer se prevenir das doenças crônicas não transmissíveis? Mude seu estilo de vida

51% dos fatores dessas doenças relacionam-se ao estilo de vida, 23% a fatores biológicos, 19% a fatores ambientais e 10% à falta de assistência médica

Por Keyla Santos

A prevenção e a promoção da saúde, assim como a vigilância e assistência, integram as Diretrizes e Recomendações para o Cuidado Integral de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), um conjunto de fatores de risco é responsável pela maioria das mortes por essas doenças. O tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, as dietas inadequadas e a falta de atividade física representam 51% dos fatores de morte por DCNT. Todas estão relacionadas ao estilo de vida. Ainda de acordo com a OMS, 23% referem-se a fatores biológicos, 19% ambientais e 10% à falta de assistência médica.

Para Anete Abdo, assistente da área técnica de Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas Não-Transmissíveis e Saúde do Homem da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), é importante que a população mude de atitude diante da vida e evite esses hábitos que levam às doenças crônicas.

“O tabagismo está relacionado a 70% dos casos de câncer de pulmão e também causa bronquites. Ao evitar o tabagismo, a gente já evita uma série de outras doenças. O uso nocivo de bebidas alcoólicas pode levar à cirrose, a alguns tipos de câncer e a outras doenças crônicas. O sedentarismo é responsável por grande parte dos problemas que a gente vê hoje, e a alimentação não saudável também. Por isso é importante evitar esses hábitos que provocam doenças crônicas”, disse Anete.

Alimentação saudável e atividade física

Para ter uma alimentação equilibrada e mais saudável é necessário colocar em prática alguns hábitos: evite o excesso de açúcares e de sal, frituras e alimentos industrializados, que possuem concentração de sódio, de conservantes e de produtos cancerígenos e consuma alimentos in natura, como frutas verduras e legumes.

De acordo com Anete, o ideal é que o indivíduo faça 150 minutos de atividade física por semana. “Isso não quer dizer academia, não quer dizer corrida, mas uma caminhada rápida. Uma atividade física leve e moderada já é suficiente para ser saudável. Para tratar a obesidade é necessário um pouco mais. Mas, para uma vida saudável, 150 minutos é o que se preconiza”, informou.

A SMS possui uma linha de cuidado que segue a portaria do Ministério da Saúde (MS), intitulada Saúde Muito Além da Mesa. A linha articula as ações existentes na Secretaria e foca a adoção de hábitos saudáveis, especialmente no que diz respeito à alimentação e à prática de atividade física. As ações dirigidas ao combate à obesidade e ao sobrepeso são prioritárias na atenção à saúde, já que a obesidade é considerada um problema complexo - não somente individual, mas também populacional – e também é fator de risco para diversas doenças crônicas.