Zona Sul encerra atendimento das duas tendas da dengue

Juntos, dois equipamentos atenderam quase cinco mil pessoas

Tenda instalada na subprefeitura de Cidade Ademar realizou 2.891 atendimentos em 33 dias de funcionamento

 

Por Tatiana Ferreira
Foto: Luciana Zambuzi

Em razão da redução do número de pacientes com casos graves de dengue, as duas tendas que atendiam pacientes com suspeita de dengue na zona Sul encerraram o atendimento na última semana. Nas tendas os pacientes também recebiam orientações e tratamentos específicos.

No dia 18 deixou de funcionar a tenda do Hospital M’Boi Mirim (administrada em parceria com o CEJAM/Einstein). A tenda de Cidade Ademar (parceria com o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim) encerrou suas atividades na sexta-feira (22).

Balanço

Os dados consolidados de Cidade Ademar apontam que, até o dia 22 de maio, o equipamento atendeu 2.891 pessoas - média de 88 pacientes por dia. Dos atendimentos realizados, 2.440 foram da especialidade clínica os outros 451 de pediatria. Foi necessária a realização de 15 remoções de pacientes para hospitais de referência.

Já a tenda do Hospital de M’Boi Mirim realizou 2.080 atendimentos de clínica geral, uma média de 58 atendimentos por dia. A unidade realizou a internação de 76 pessoas. Os atendimentos de pediatria eram realizados pelo Pronto-Socorro do hospital e, por isso, não foram computados nos atendimentos realizados na tenda.

Para a coordenadora de Saúde Sul Tania Zogbi Sahyoun, as tendas cumpriram seu papel de funcionar como retaguarda para as unidades de saúde. “Juntas, as duas tendas da região sul fizeram 4.971 atendimentos. Como nas últimas semanas o número de pacientes começou a cair, avaliamos que elas tinham cumprido seu papel e que poderíamos voltar a nossa rotina normal de atendimento com os casos sendo absorvidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Assistência Médica Ambulatorial (AMAs).

Combate ao mosquito deve continuar

A dengue está mais associada às altas temperaturas e à água limpa do que simplesmente à chuva, porque qualquer pequena concentração de água, desde uma tampinha de garrafa a um prato de vaso, pode ser um criadouro. A Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) considera que o aumento dos casos neste ano está associado ao calor, que acelera o desenvolvimento do mosquito, e ao acúmulo de água limpa sem proteção, devido à crise de abastecimento dos últimos meses. Logo, a prevenção é a melhor saída.